Bolsonaro está desmontando o Brasil, diz Luciana Santos

A vice-governadora de Pernambuco, Luciana Santos, presidenta do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), que está na caravana em defesa da libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo Nordeste, disse na Paraíba que o ato realizado naquele estado protestou contra o desmonte operado por Jair Bolsonaro.

Luciana Santos

A caravana chegou ao estado neste domingo (1º). Ao lado do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, o ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad seguiu pelas ruas do município de Monteiro, no Sertão paraibano, em carro aberto. A informação é do JC online.

Luciana, no ato, saudou Haddad, segundo ela o “símbolo da nossa bandeira, do nosso projeto eleitoral que levou o Brasil ao segundo turno e teve 47 milhões de votos”. “E nós vamos manter acesa a chama do projeto que ele representa, que é o legado do maior presidente que o Brasil já teve, Luiz Inácio Lula da Silva", disse.

Luciana lembrou que, na última sexta-feira (30), a ex-candidata a vice-presidência de Fernando Haddad, Manuela D'Ávila (PCdoB), entregou à Polícia Federal o seu celular que também foi hackeado, e afirmou que o conteúdo publicado pelo site The Intercept, intitulado 'Vaza Jato' corrobora que a prisão de Lula é uma prisão política.

Além de Luciana, acompanham a caravana a presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores, deputada federal Gleisi Hoffman, o senador Humberto Costa (PT) e os deputados federais João Campos (PSB) e Carlos Veras (PT).

Desprezo pelo Nordeste

Haddad falou rapidamente com a imprensa e criticou Bolsonaro e cobrou a retomada das obras de transposição do Rio São Francisco. “A transposição é a obra mais importante para a segurança hídrica do Nordeste. Se a gente mantiver um canal sem água, vai se deteriorar, tem que manter a água passando constantemente para manter o canal em ordem e não deteriorar, se não vai ter que fazer de novo e gastar dobrado. É um absurdo o que está acontecendo aqui”, classificou.

Ele disse também que Bolsonaro demonstra desprezo pelo povo no Nordeste. “Só porque o povo tinha uma outra opinião sobre a eleição ele resolveu marcar a região, como se fosse uma região que tem que ajoelhar para receber o que é de direito”, afirmou.