Tragédia à vista: trabalhadores deixam navio que submerge em Campos 

O navio FPSO Cidade do Rio de Janeiro, contratado pela Petrobras e operado pela Modec do Brasil, está submergindo e corre o risco de afundamento na Bacia de Campos, denuncia o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF). Há um risco iminente de tragédia, que põe em risco o meio ambiente e a vida dos trabalhadores a bordo.

FPSO

Na sexta-feira (23), foi identificado um rasgo no casco do navio, a cerca de um metro de profundidade, o que provocou o aumento do volume de água nos tanques, conforme havia informado o sindicato. Um primeiro grupo de trabalhadores foi então desembarcado. Nesta segunda-feira (26), com o aumento do rasgo, o restante foi evacuado. Cerca de cem trabalhadores foram retirados da embarcação.

O FPSO (da sigla em inglês Floating Production Storage and Offloadin) é uma unidade flutuante de produção, armazenamento e transferência. Trata-se de um tipo de navio utilizado pela indústria petrolífera para a produção, armazenamento de petróleo e gás natural, além de escoamento da produção por navios cisterna (petroleiros). São utilizados em locais de produção distantes da costa com inviabilidade de ligação por oleodutos ou gasodutos.

Segundo a Petrobras, a embarcação se encontra em “equilíbrio estático” e uma equipe especializada será mobilizada para fazer a desancoragem e reboque para o estaleiro. O FPSO Rio de Janeiro é um navio contratado pela Petrobrás e operado pela Modec do Brasil. A embarcação está com a produção interrompida desde julho de 2018 para processo de descomissionamento (desativação da unidade).

O Sindipetro-NF é contrário ao sistema de afretamento e à crescente privatização do setor petrolífero no país. A entidade avalia com preocupação a retomada de receitas privatizantes que já levaram a tragédias como a da P-36. Segundo o coordenador geral do sindicato, Tezeu Bezerra, unidades próprias da Petrobras – quando operadas com respeito às normas e investimentos em segurança – geram menores riscos de danos ao meio ambiente e à saúde e segurança dos trabalhadores.

Com informações do Sindipetro-NF