Farra com verba pública: Bolsonaro torra R$ 201 mil para ver a Seleção

O presidente Jair Bolsonaro foi, pessoalmente, a três jogos da Seleção Brasileira durante a Copa América, entre junho e julho. Mas, para farrear com o futebol, foi necessário gasto público. Dados da Secretaria Especial de Comunicação Social da Secretaria de Governo da Presidência da República apontam que foram gastos R$ 201,6 mil para que o presidente pudesse acompanhar as três partidas. Em média, um gasto de R$ 67,2 mil a cada jogo.

Bolsonaro na Copa América

As informações foram obtidas com pelo Portal UOL via LAI (Lei de Acesso à Informação) e se baseia nos gastos da comitiva de Bolsonato com o jogo de abertura da Copa América (em São Paulo), a semifinal (Minas Gerais) e a final (Rio de Janeiro). As despesas contemplaram gastos com a equipe de segurança, saúde, transporte, cerimonial, imprensa, comunicações e apoio técnico necessário ao presidente, segundo a secretaria. O presidente participou das cerimônias de abertura e de premiação, no primeiro e no último jogo da competição, e acompanhou a semifinal das tribunas.

Nas vezes em que foi mencionado ou apareceu, Bolsonaro foi recebido com vaias e aplausos. Na semifinal, contra a Argentina, um constrangido presidente afirmou que as vaias foram direcionadas aos hermanos, não a ele. Na ocasião, a federação de futebol da Argentina formalizou uma crítica à presença de Bolsonaro no estádio.

Veja, abaixo, os gastos do presidente, jogo a jogo, segundo o próprio governo federal:

Brasil x Bolívia, em 14 de junho
* Alimentação: R$ 12.900
* Hospedagem: R$ 42.654
* Diárias: R$ 42.693,88

Brasil x Argentina, em 2 de julho
* Alimentação: R$ 5.472
* Hospedagem: R$ 8.137,50
* Diárias: R$ 23.761,74

Brasil x Peru, em 7 de julho
* Alimentação: R$ 19.980
* Hospedagem: R$ 17.412,96
* Diárias: R$ 28.672,35

A reportagem perguntou à Casa Civil e às secretarias Geral, de Governo e de Comunicação da Presidência se o montante gasto para o presidente acompanhar a seleção brasileira nas três partidas foi bem investido. Foram enviados quatro e-mails, entre quinta (15) e sexta-feira (16), mas, até esta publicação, os órgãos não se manifestaram sobre o assunto.