Dino: Há um fosso entre o que Bolsonaro fala e o que reivindicamos

Após participar do debate promovido pela Fundação Lemann na noite desta sexta-feira (9), em São Paulo, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), concedeu entrevista ao Portal UOL e afirmou que “ainda é visível um fosso entre aquilo que o presidente da República anuncia […] daquilo que nós reivindicamos na ação concreta do governo.

Flávio Dino

O encontro debateu o desenvolvimento do Brasil e contou ainda com a participação do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, o líder da Oposição, Alessandro Molon e o secretário de desestatização do governo federal, Salim Mattar.

Na entrevista ao UOL, Flávio Dino disse não acreditar que as recentes críticas de Jair Bolsonaro ao Nordeste surjam efeitos práticos para as relações institucionais.

A publicação recorda que em uma das declarações sobre repasse de verbas para os estados nordestinos, Bolsonaro chegou a condicionar o repasse ao espectro político. Entretanto, para o governador maranhense a afirmação é ilegal e contraria a Constituição Brasileira. "Nenhum governante deve abrir mão de suas opiniões políticas para ter acesso àquilo que não é favor, é direito", diz.

Para Flávio Dino, sua preocupação é com a sociedade brasileira, o que chama de uma "violência simbólica" e que a fala do presidente do Brasil provoque a "dissolução dos laços sociais" no país.
"Imagine o efeito multiplicador que isso gera nos poros da sociedade, como se isso fosse um exemplo para que as pessoas sejam, nas suas relações sociais, preconceituosas, discriminatórias. Isso é muito grave".

Porém, segundo Flávio Dino, na prática ainda não há desagravo do governo. “Se me perguntarem hoje se houve alguma retaliação contra o governo do estado do Maranhão, eu diria que não, não houve nenhuma. Espero que continue assim", diz.

Do Portal Vermelho