E se Guaidó, o golpista da Venezuela, vivesse na “democracia” dos EUA?

O protegido de Washington promoveu protestos violentos de seus seguidores, pediu a intervenção estrangeira contra sua pátria e tentou estabelecer um governo paralelo para derrubar o governo constitucional da Venezuela. O que aconteceria se Juan Guaidó vivesse sob a “democracia” dos Estados Unidos e tivesse suas ações julgadas conforme a legislação norte-americana?

Por Elson Concepción Pérez

Guaido

Juan Guaidó, o presidente da Assembleia Nacional (em desacato) da Venezuela, cometeu inúmeras violações à Constituição dessa nação sul-americana. Entre outras ações à margem da lei, está sua autoproclamação como presidente interino do país, bem como a responsabilidade por comandar manobras de golpe direto, promovidas pelos Estados Unidos contra as autoridades legais venezuelanas.

Apenas levemos em conta as duas mensagens mais recentes de Juan Guaidó, o venezuelano que cometeu mais violações da lei, da ética e dos valores humanos nos últimos seis meses. Em uma delas, anunciou a participação em uma reunião que será realizada em Barbados para a retomada do diálogo político com o governo e “para acabar de tirar o ‘ditador’ Nicolás Maduro do poder”.

“Haverá uma reunião com representantes do regime de usurpador em Barbados, para estabelecer uma negociação de saída à ditadura”, escreveu o opositor em um comunicado via Twitter. Em outra, mais uma vez, exigiu a participação militar estrangeira para acabar com o governo bolivariano e anunciou que promoverá o Tratado do Rio – um mecanismo de assistência militar estrangeira – para tentar derrubar Maduro.

Lembro-me, há algumas semanas, do que me disse um advogado em relação à situação venezuelana: “Se o que Guaidó faz hoje, na Venezuela, fosse feito por um congressista nos EUA, já estaria preso e com um pedido acumulado de prisão por até 120 anos”.

“Como é isso?”, perguntei a ele, que relatou fatos dos últimos seis meses que envolvem Guaidó, direta ou indiretamente. Vou mencionar apenas alguns deles.

Além de querer formar um governo paralelo – em um golpe de Estado – em um país com todas as estruturas do governo funcionando e um presidente democraticamente eleito, pediu a revolta de setores da população venezuelana, causando confrontos com a força pública e lançando elementos pagos por ele para cometer atos violentos, como a queima de pessoas, a tomada de meios e instalações militares…

Também organizou planos de assassinato contra o presidente Nicolás Maduro, promoveu os “falsos positivos” na fronteira com a Colômbia para criar desestabilização e confrontos entre a Guarda Nacional Bolivariana e elementos instalados no país vizinho e estimulou atos terroristas contra as instalações elétricas do país, com graves afetações nos centros de saúde e alimentação, entre outros.

Guaidó nomeou ilegalmente seus funcionários e embaixadores em diferentes países, sabendo que é um poder que não possui. Onde terá conseguido o dinheiro para pagá-los? E, como se isso não bastasse, apreendeu dinheiro venezuelano confiscado em bancos estrangeiros pelo governo de Donald Trump ilegalmente, favorecendo o bloqueio financeiro e econômico à Venezuela, que causou a morte de várias crianças que aguardavam o transplante de medula óssea na Itália, o qual pode ser feito porque os fundos destinados a isso estão congelados.

Além disso, é a pessoa que mais usou estandes públicos para pedir desordem e guerra contra o governo constitucional do país sul-americano, contra seu povo. Para Guaidó, se for julgado pela pessoa que o comanda de Washington, com o único propósito de destruir a Revolução Bolivariana e derrubar o governo legítimo de Nicolás Maduro, qualquer soma de anos de prisão pode ser pequena.

É por isso que é tão difícil para este homem continuar sua vida como um impostor, comprometido com o pior da assim chamada oposição. Vive no que ele chama de ditadura e com um governo que preside um “ditador”, sem ainda ter ido para a cadeia. O que aconteceria com Guaidó se ele vivesse na “democracia” dos EUA?