Sindicato e youtubers se unem na Alemanha contra abusos do Youtube

A IG Metall é um dos mais velhos sindicatos da Alemanha e vai agora ajudar um grupo de youtubers a pressionar a plataforma a adotar políticas mais transparentes. 

Um grupo de criadores de conteúdos uniu-se a um dos maiores sindicatos europeus para pressionar o YouTube a tomar medidas que tornem a empresa numa organização mais transparente. A informação é site português Tek.sapo.

O grupo, conhecido online pelo nome YouTube Union, estabeleceu uma parceria com a IG Metall, originalmente criada para atuar em nome dos operários da indústria metalúrgica. O sindicato é um dos mais velhos da Alemanha e desde a sua fundação que expandiu a sua cobertura para proteger os direitos dos trabalhadores das indústrias dos têxteis, plásticos, tecnologias de informação e engenharia elétrica.

O YouTube Union formou-se em 2018, numa altura em que a relação entre empresa e criadores se apresentava tensa, mas a inexistência de um reconhecimento legal não conferia poder suficiente ao grupo. Esta nova parceria, chamada FairTube, tem o objetivo de levar a gigante tecnológica a ser mais transparente no que diz respeito às regras e decisões tomadas relativamente à monetização e desmonetização de vídeos.

Este novo sindicato é liderado por Jörg Sprave, um youtuber alemão com mais de 2 milhões de subscritores. Sprave tem sido uma voz ativa no meio desde que o YouTube tirou do ar alguns dos seus vídeos, mesmo embora estes não violassem as regras do site.

Vários youtubers relatam experiências semelhantes à do alemão, com a desmonetização a ser também uma das queixas mais proeminentes no setor. As decisões da plataforma são mais fáceis de contestar por parte dos maiores criadores, que têm direito a um gestor pessoal de conta, mas, os que reúnem menos seguidores, dificilmente conseguem contactar com um moderador humano para recorrer de decisões semelhantes.

Agora, com o apoio da IG Metall, o grupo quer também aferir a legalidade das políticas do YouTube na União Europeia. Numa primeira iniciativa, o grupo explanou algumas estratégias futuras e promete partir para uma investigação legal caso o YouTube não responda às suas exigências até dia 23 de agosto.