Ciro Gomes diz que governo quer devolver ao Brasil é papel de colônia

Processo de desindustrialização do país é devastador, diz ele.

Por Hora do Povo

Ciro Gomes

“Esse governo parece satisfeito em devolver o Brasil ao papel de colônia, vendendo matéria prima barata e comprando manufaturados caros, pagando em dólar”, comentou o vice-presidente do PDT, Ciro Gomes, sobre o processo de desindustrialização do país.

“Mais que isso, entregando potenciais maravilhosos, como a Embraer e a Petrobrás, para o capital estrangeiro”, acrescentou.

O ex-governador do Ceará e ex-candidato à Presidência da República em 2018 compartilhou em suas redes sociais uma reportagem sobre a desindustrialização no Brasil e disse: “é devastador. Venho alertando sobre isso há muitos anos. Nossa indústria está definhando. O resultado disso são os mais de 13 milhões de desempregados e mais de 30 milhões de subutilizados”.

“Isso é muito grave! Sem um projeto nacional de desenvolvimento, que devolva a capacidade do nosso país de desenvolver sua indústria, vamos sofrer mais”, alertou.

Na campanha eleitoral do ano passado, Ciro Gomes aprofundou a denúncia contra o grave processo de desindustrialização do país.

“Em 1980 o Brasil tirava um terço da sua riqueza da indústria. E a indústria, vocês sabem melhor do que eu, é um setor importante da economia. Paga melhores salários, paga mais impostos, é quem agrega valor para fazer as contas do Brasil com o estrangeiro fechar direitinho. Pois bem, se em 1980 um terço da riqueza vinha da indústria, hoje, a indústria brasileira está gerando apenas 11% da riqueza do país”, advertiu Ciro, em palestra promovida pela Força Sindical, no Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, no final de abril de 2018.

“É o mais violento processo de desindustrialização da história do capitalismo mundial. Em 1980 a indústria brasileira era a soma da indústria da China, da indústria da Coréia do Sul, da Malásia do Vietnã e de Singapura. Os chamados Tigres Asiáticos. Hoje só a China está produzindo seis vezes e meia o que o Brasil está produzindo. A Coréia do Sul já produz quatro vezes mais do que o Brasil”, acrescentou o ex-governador na palestra.