Haddad diz que desmorona acusação contra Lula no sítio de Atibaia

Reportagem da Folha de S.Paulo desta terça-feira (16), traz novas revelações que deixam evidente o caráter político da Lava Jato contra o ex-presidente Lula. Segundo a matéria, o ex-diretor-superintendente da Odebrecht Carlos Armando Paschoal disse à Justiça de São Paulo que foi "quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido" e que teve que "construir um relato" no caso do sítio de Atibaia.

Sítio em Atibaia

Para o ex-candidato a presidente da República Fernando Haddad (PT) o depoimento de Carlos Paschoal põe a baixo a denúncia contra Lula. “Desmoronando: delator diz que foi coagido a construir relato sobre sítio usado por Lula”, publicou Haddad na rede social.

O processo, proposto pela Operação Lava Jato, rendeu a segunda condenação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O ex-diretor, que também foi condenado no mesmo processo, ainda fez uma crítica aos procuradores da força-tarefa

“No caso do sítio, que eu não tenho absolutamente nada, por exemplo, fui quase que coagido a fazer um relato sobre o que tinha ocorrido. E eu, na verdade, lá no caso, identifiquei o engenheiro para fazer a obra do sítio. Tive que construir um relato”, disse ele.

Segundo o jornal, o ex-diretor disse à juíza Gabriela Hardt, então substituta de Sergio Moro, que o envolvimento da Odebrecht nas obras não podia ser revelado. Paschoal disse ter sido procurado por Alexandrino Alencar, executivo que era do alto escalão da Odebrecht, para dar "apoio" à reforma. Segundo Paschoal, Alencar não explicou por qual motivo a Odebrecht faria a obra, e ele também não perguntou. "Esse tipo de pedido que vem muito de cima, não dá para questionar", disse o ex-diretor.