Venezuela: relatório da ONU sobre direitos humanos no país foi parcial

“Resulta incompreensível o conteúdo de dito informe dominado por uma visão seletiva e parcializada, carente de rigor científico, com graves erros metodológicos”, disse o vice-ministro para Comunicação Internacional, William Castillo, que dirigindo-se diretamente a Michelle Bachelet, afirmou: “a Venezuela está segura de que você sabe que o informe não reflete a realidade que viu”. 

ONU

O governo da Venezuela acusou de ser parcial nesta sexta-feira (05) o informe apresentado pela alta comissária para Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, Michelle Bachelet, que acusa Caracas de violações de direitos fundamentais.

“Resulta incompreensível o conteúdo de dito informe dominado por uma visão seletiva e parcializada, carente de rigor científico, com graves erros metodológicos”, disse o vice-ministro para Comunicação Internacional, William Castillo.

Ele também afirmou que a “Venezuela está segura de que você [Bachelet] sabe que o informe não reflete a realidade que viu. (…) Exigimos a correção de seu conteúdo, e instamos a uma atuação ponderada e respeitosa de seu escritório”.

Castillo disse que o informe ignora praticamente em sua totalidade a informação apresentada pelo Estado venezuelano e somente leva em conta porta-vozes da oposição. “O informe contém 558 entrevistas; 460 delas foram realizadas fora da Venezuela, o que significa 82% das opiniões contidas dele.”

O vice-ministro também afirmou que o texto não menciona o que classificou de avanços da Venezuela em matéria de direitos humanos e ignora graves impactos que o bloqueio econômico “ilegal, criminoso e imoral” do governo dos Estados Unidos exerce sobre o povo venezuelano.

“A Venezuela é alvo de uma agressão multiforme dos EUA. Golpes de Estado, tentativas de magnicídio, sabotagens à indústria petrolífera e a serviços públicos, assim como o bloqueio econômico”, disse.

O representante venezuelano disse que não existe uma crise humanitária na Venezuela. “Padecemos de problemas econômicos associados à queda dos preços do petróleo e do bloqueio econômico dos EUA”, afirmou.

Castillo encerrou dizendo que o governo da Venezuela manteve a paz no país, o exercício da democracia e de suas políticas de justiça social, como saúde e educação gratuitas.


Fonte: Opera Mundi