Ciro lembra de ter alertado que punição sem provas iria cobrar o preço

Candidato a presidente pelo PDT nas últimas eleições, Ciro Gomes, comentou nesta segunda (10) as reportagens do site do Intercept Brasil sobre as mensagens comprometedoras trocadas entre o então juiz Sergio Moro (ministro da Justiça) e o procurador Deltan Dallagnol.

Ciro Gomes - Foto: Guilherme Santos/Sul21

“Durante todo o desenrolar da operação Lava Jato sempre expus o que pensava de forma muito clara: o excesso de aplausos, as gravatinhas borboletas e, até, condenações sem provas objetivas, cobrariam seu preço”, afirmou Ciro numa série de mensagens no Twitter.

Para ele, antes que as paixões contra ou a favor do ex-presidente Lula, que na sua opinião foi o mais notável atingido pela Lava Jato, defendam seus interesses, figuras como Eduardo Cunha, Geddel Vieira Lima e Palocci podem se beneficiar com o que está acontecendo.

“Por essa razão, espero que as instituições brasileiras funcionem: Conselho Nacional de Justiça, Conselho Nacional do Ministério Público, STF e Congresso Nacional, devem se debruçar sobre o assunto, investigar e passar o Brasil a limpo”, diz.

Ciro Gomes lembrou também que cobrou punições aos grandes saqueadores. “E alertei mais de uma vez: os erros, os desmandos, gerariam de um lado injustiças e, de outro, nulidades que garantiriam liberdade a culpados”, afirmou.

Ainda destacou o fato de que cada um deveria voltar para sua “caixinha” para preservar as instituições brasileiras e restaurar o poder político. “Por toda essa minha leitura fui atacado por todos os lados, mas nunca deixei de me posicionar e defender o que penso”.

“Justamente por saber que um dia a história comprovaria o que vinha dizendo. O que estamos vendo hoje é exatamente o que eu alertava. Isso não é ter bola de cristal, é conhecer a história brasileira. Se lembram da Satiagraha?”, questionou.