Jandira Feghali diz que grampo de Sergio Moro viola a democracia

A notícia sobre a interceptação telefônica feita pela Lava Jato no escritório de advocacia Teixeira Martins & Advogados, que representa Lula, e ainda produção de relatórios que detalharam ao menos 14 horas de conversas entre os defensores do ex-presidente, foi recebida com indignação por lideranças no Congresso.

Jandira Feghali - Richard Silva/PCdoB na Câmara

Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a operação foi feita pela 13ª Vara Federal de Curitiba, comandada na época pelo então juiz Sergio Moro.

A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ) diz que o grampo de Moro nos advogados de Lula é uma violação absurda dentro de uma democracia ao direito de defesa e sua privacidade.

“Já não é a primeira vez o ato arbitrário. Em 2016, o então juiz divulgou para imprensa áudio da presidenta do Brasil”, lembrou a deputada.

A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann (PR), diz que o episódio é mais uma prova da politização da Lava Jato e do lawfare contra o presidente Lula.

“Temos tudo para anular a condenação e para que a verdadeira Justiça seja feita. Lula é inocente. Há tempos que rumos precisam ser corrigidos e o STF precisa agir”, disse.

Paulo Pimenta (PT-RS), líder do PT na Câmara, afirmou que nem na ditadura militar se tem notícia de “tamanha imoralidade e tamanho crime”. “Os criminosos não foram punidos, eles foram promovidos”, fazendo referência a Moro e seu staff.