Presidenta da UNE: pressão popular pode transformar as coisas

A presidenta da União Nacional dos Estudantes (UNE), Marianna Dias, disse, ementrevista à radio Sputinik que a entidade lidera o protesto do dia 30 copntra o contingenciamento de 30% nos orçamentos das universidades e institutos federais do país, além de alertar sobre a "importância da educação para o momento de dificuldade que o Brasil tem passado".

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"Na semana passada fomos até uma audiência pública no Congresso Nacional com a presença do ministro [da Educação, Abraham Weintraub] com a intenção de estabelecer um diálogo. Nós fomos brutalmente violentados pelos deputados da base do governo, o ministro se recusou a ouvir os estudantes. Falamos lá que se o ministro não quer nos ouvir em uma audiência pública, ele vai nos ouvir nas ruas e nossa voz vai ser multiplicada", diz ela.

Marianna diz que a UNE não faz previsão de número de participantes para a próxima mobilização na quinta, já que a coordenação e convocação dos atos não foi centralizada na entidade. A expectativa, porém, é superar o ato do dia 15 em tamanho.

"Acreditamos que a pressão popular pode transformar as coisas, até porque não há condição de governar um país se o povo está nas ruas pedindo que se mude posturas. Ainda que Bolsonaro e o ministro se mantenham a ignorar o que está acontecendo nas ruas, o país não é governado por reis. Só em um reinado a vontade do rei é absoluta, aqui vivemos em uma República e em uma democracia", defende.

A presidente da UNE também adianta que a mobilização é um ensaio para uma greve geral, já marcada para o próximo mês.

"Nossa forma de luta são os protestos, são as paralisações e no dia 14 de junho vamos construir no Brasil uma grande greve geral, cujo objetivo é parar a produção do Brasil para que o governo entenda ser necessário ouvir a população como garante a nossa Constituição ao afirmar que o povo é soberano", anuncia.

Ouça a entrevista: