Bolsonaro aposta no confronto e já é chamado de falso Messias

Em editoriais, o Valor Econômico e o Estadão desta terça-feira (21) fazem uma análise crítica da postura de Bolsonaro diante da crise política e econômica que o país enfrenta. Além disso, vários articulistas já falam em ruptura institucional.

Bolsonaro credo - Agência Brasil

“Bolsonaro tem sido incapaz de dialogar e dar rumos à nação, o que se espera de um ocupante do Planalto (…) A história do país não reservou papel memorável aos presidentes que insistiram nesse caminho”, diz o Valor.

O Estadão faz o seguinte destaque: “Bolsonaro decidiu governar não conforme a Constituição e com respeito às instituições democráticas, mas como um falso Messias”.

No Globo, o colunista Bernardo Mello Franco diz que Bolsonaro quer confronto. “A julgar pelas convocações, a ideia é incitar as massas contra o Congresso e o Supremo”.

O articulista Joel Pinheiro da Fonseca, da Folha de S.Paulo, faz o seguinte alerta: “O governo se encaminha rapidamente para a ruptura institucional. Afinal, suponha que os protestos a favor do governo sejam um sucesso, e o Congresso, acuado, decida barrar tudo que venha do governo. Qual é a reação previsível?”, questiona.

Os jornais destacam ainda que até no campo político de Bolsonaro a tática do confronto é criticada. “O MBL pulou fora e condena os atos do dia 26. O movimento liberal não compactua nem com o fechamento do Congresso nem com o fechamento do Supremo”, diz Kim Kataguiri.

Folha, Estadão e O Globo destacam que Janaina Paschoal não apenas se coloca contrária a atos pró-Bolsonaro, como ameaça deixar o PSL. Ela sinalizou possível saída do partido em mensagem aos colegas de bancada na Assembleia Legislativa. Disse que os colegas deputados “estão cegos”.