Pernambuco se agita em defesa da educação pública e contra reforma  

Convocada inicialmente pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) em abril passado, para protestar contra a reforma da Previdência e em defesa do ensino público, a Greve Nacional da Educação ganhou a adesão de estudantes secundaristas e universitários e suas organizações de classe após o anúncio pelo governo Bolsonaro do corte de 30% nos orçamentos de universidades, institutos federais e escolas públicas da educação básica.  

Pernambuco se mobiliza em defesa da educação pública e contra reforma - Divulgação

A paralisação acontece nesta quarta-feira (15) em todo o país. Em Pernambuco, grande ato está previsto para ocorrer no Recife, a partir das 15h, em frente ao Ginásio Pernambucano, na Rua da Aurora, bairro da Boa Vista, seguido de caminhada pelas principais ruas do centro da cidade. Também estão marcados atos públicos e paralisações em Caruaru, Pesqueira e Garanhuns, no Agreste do estado; Petrolina, no Sertão; e Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife.

No estado, a greve conta com a adesão de professores, estudantes e funcionários das instituições de ensino superior, além de centrais sindicais, partidos políticos, movimentos sociais e famílias preocupadas com o futuro da educação no Brasil.

Já confirmaram a participação os professores da Universidade de Pernambuco (UPE) e da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); o Instituto Federal PE; Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE); a Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); o Sintepe, que representa os trabalhadores da educação do estado, e o Simpere, da rede de ensino municipal do Recife.

Entidades estudantis do estado, como a União dos Estudantes de Pernambuco (UEP Cândido Pinto); União dos Estudantes Secundaristas (UBES); União Metropolitana dos Estudantes Secundaristas (UMES); e União Nacional dos Estudantes (UNE) vêm desde o início da semana se mobilizando com panfletaços, assembleias, abraços e oficinas de cartazes e camisas.

O objetivo é explicar à população e à comunidade acadêmica o impacto dos ataques à educação, com os cortes de 30% no orçamento das universidades, bem como o que é a reforma da Previdência proposta pelo governo de Jair Bolsonaro. Além da rede federal de ensino, toda a educação básica foi atingida com o contingenciamento de R$7,9 bilhões do Ministério da Educação, cerca de R$ 2,4 bilhões a menos do que o previsto para investimentos e programas na educação básica.

A Greve Nacional da Educação é preparatória à greve geral de trabalhadores convocada pelas centrais sindicais para o dia 14 de junho, contra a reforma da Previdência proposta pelo governo federal.

Do Recife, Audicéa Rodrigues