Flávio Dino suspeita que Bolsonaro quer enfraquecer Sergio Moro

A indicação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, a uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), como parte de um compromisso assumido por Bolsonaro com o ex-juiz de Curitiba, na verdade pode ser uma espécie de fritura que o aliado vem sofrendo.

Flávio Dino

É o que avalia o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), para quem anunciar um candidato ao Supremo 18 meses de antecedência serve para três coisa: evitar um barulhento pedido de exoneração, em face de derrotas; mobilizar outros postulantes e adversários do candidato; e enfraquecer ainda mais o ministro da Justiça.

Na entrevista que deu à Rádio Bandeirantes no domingo (12), Bolsonaro disse que a primeira vagar que abrir no STF será de Moro.

"A primeira vaga que tiver, eu tenho esse compromisso com o Moro [de indicá-lo], e pretendo… pretendo não. Se Deus quiser, nós cumpriremos esse compromisso", disse.

"Fiz um compromisso com ele, porque ele abriu mão de 22 anos de magistratura. Eu falei: 'A primeira vaga que estiver lá está a sua disposição', declarou. Bolsonaro afirmou ainda que Moro no STF "será um grande aliado" do país e será "aplaudido pela nação". Ele ressaltou, no entanto, que todo e qualquer indicado à Corte precisa ser sabatinado.