Guaidó diz que aceita ação militar dos EUA na Venezuela

Estados Unidos fazem ameaças e "exigem" libertação di golpista Edgar Zambrano. 

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O líder golpista da Venezuela, Juan Guaidó, disse nesta sexta-feira (10), que está disposto a aceitar uma intervenção militar dos Estados Unidos. “Se os americanos propusessem uma intervenção militar, eu provavelmente aceitaria”, disse Guaidó em uma entrevista ao jornal italiano La Stampa. Nas últimas horas, foram registrados pedidos de abrigo de golpistas em embaixadas estrangeiras. Agências de notícias informaram que o deputado Américo de Grazia refugiou-se na embaixada italiana.

Esses deputados golpistas fazem parte de um grupo de dez, de quem o Supremo Tribunal retirou a imunidade parlamentar, depois de terem manifestado apoio ao autoproclamado presidente Juan Guaidó. O pedido de refúgio dos dois parlamentares ocorre depois da prisão do proeminente golpista Edgar Zambrano, vice-presidente da Assembleia Nacional, de quem também tinha sido retirada a imunidade.

Embaixada

Do lado do presidente Nicolás Maduro, o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, advertiu os países que condenaram a detenção, na quarta-feira (8), de Zambrano, para que não se intrometam nos assuntos internos venezuelanos. Acrescentou que haverá novas medidas contra outros golpistas venezuelanos.

O secretário de Estado dos Estados Unidos (EUA), Mike Pompeo, "exigiu" a “libertação imediata” do golpista.  “Este é um ataque à independência do Poder Legislativo democraticamente eleito e faz parte dos constantes ataques do regime (do presidente Nicolás) Maduro para esmagar o livre debate na Venezuela”, vociferou Pompeo, em comunicado.

A declaração Pompeo foi dada um dia depois de uma ameaça da embaixada virtual dos EUA em Caracas, que prometeu, em mensagem no Twitter, que “haverá consequências” se o parlamentar golpista não for libertado. A conta oficial da embaixada no Twitter é administrada pelo Departamento de Estado norte-americano, em Washington.