O caminho de Trump para hostilizar o Irã

Aos olhos dos Estados Unidos, em três anos, o plano de ação conjunto assinada pelos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, Alemanha, União Europeia e Irãpassou de vitória internacional da diplomacia a um acordo para rasgar sem pudor. As informações são da Euronews

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O chamado acordo nuclear iraniano pretendia controlar as ambições de Teerã quando à produção de armamento nuclear. A chefe da diplomacia europeia não poupou nos elogios quando anunciou o entendimento ao fim de anos de negociações. Nas palavras de Federica Mogherini, tinha-se alcançado o que o mundo desejava "com coragem, vontade política, respeito mútuo e liderança", classificando o acordo como "um compromisso conjunto pela paz, de mãos dadas para tornar o mundo mais seguro."

O acordo foi reforçado posteriormente com uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, mas nem isso impediu, no ano passado, que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, fizesse letra morta do compromisso. "O fato é que isto foi um horrível acordo unilateral que nunca devia ter sido feito. Não trouxe calma, não trouxe paz e nunca vai trazer," afirmou Donald Trump.

O chefe de Estado norte-americano restabeleceu todas as sanções e, no mês passado, recusou prolongar as medidas que permitiam que alguns países pudessem comprar petróleo ao Irã. Na escalada de pressão sobre o governo iraniano, Washington enviou um porta-aviões para o Médio Oriente ao mesmo tempo que acusava Teerão de destabilizar a região.

Relatórios

A União Europeia assumiu-se como guardiã do acordo, lutando para que continuasse a ser respeitado e estimulando o comércio entre os signatários, mas foi esbarrando com cada vez mais dificuldades, agravadas pelas sanções norte-americanas.

O Irã foi dando sinais de descontentamento com a falta de resultados das acções de Bruxelas e procurou na Rússia um aliado para entrentar uma nova fase, sem acordo internacional de regulação nuclear.

Ao longo de todo o processo, a Agência Internacional de Energia Atómica, publicou vários relatórios. Todos dando conta de que o Irã estava cumprindo o acordado em 2015.