Ministro do Turismo volta a ser acusado por operação laranja

Marcelo Álvaro Antônio é denunciado por Gustavo Bebianno.

g

Matéria do jornal Folha de S. Paulo diz que o coordenador da campanha eleitoral de Jair Bolsonaro e ministro da Secretaria-Geral da Presidência até fevereiro, Gustavo Bebianno, afirmou ser de exclusiva responsabilidade do diretório do PSL de Minas Gerais, comandado em 2018 pelo hoje ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, o repasse de dinheiro público do partido para quatro candidatas investigadas sob suspeita de integrarem esquema de laranjas.

Bebianno, que presidiu nacionalmente o PSL no ano passado, diz que a verba foi solicitada formalmente pelo comando do partido em Minas e que apresentará às autoridades, quando solicitado, toda a documentação comprobatória. "Em relação a Minas Gerais, não conheço qualquer das candidatas que formaram aquela chapa. Não sei quem são, e nunca sequer mantive qualquer contato com elas. Simplesmente desconheço. Esclareço que todos os pedidos de recursos efetuados para as mencionadas candidatas em questão foram feitos pelo próprio diretório de Minas Gerais", diz Bebianno.

Direção nacional

"Por sua vez, cada um dos 27 diretórios estaduais montou a sua própria chapa para governador, vice-governador, senadores, deputados federais e deputados estaduais. Em todos os casos, sem exceção, os nomes dos candidatos que compunham as chapas, homens ou mulheres, foram indicados pelos respectivos diretórios estaduais", afirmou o ex-ministro, demitido após entrar em conflito com o presidente e com um de seus filhos, Carlos Bolsonaro, em decorrência da repercussão da revelação do esquema das laranjas do PSL, afirma a Folha.

Bebianno disse que em só quatro casos a direção nacional ofereceu ajuda financeira direta: para Janaina Paschoal (eleita deputada estadual por SP e que declinou da ajuda), Joice Hasselmann (deputada federal por SP), Dayane Pimentel (deputada federal pela BA) e Maura Jorge (candidata ao governo do MA, não eleita). Segundo ele, algumas candidatas tentavam obter financiamento em contato direto com a Executiva nacional do PSL. "A [direção] nacional ignorava esses pedidos avulsos. Nenhum pedido que não tenha sido feito pelo diretório de cada estado foi aceito pela executiva nacional", afirma.