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Adalberto Monteiro: Primeiro de Maio 

Em As Delícias do Amargo & Uma Homenagem: Poemas (2006), Adalberto Monteiro dedicou uma poesia ao Dia Internacional do Trabalhador. Trata-se de Primeiro de Maio – uma belíssima ode à mobilização dos trabalhadores nessa data universal, ao “povo unido”, um “gigante coração” que se põe a “marchar pelas avenidas”. No vídeo a seguir, do Portal Grabois, Adalberto recita seu próprio poema, ao som do hino internacionalista A Internacional.

Primeiro de Maio
(Adalberto Monteiro)

Nesta manhã de Primeiro de Maio,
Não há por que invejar o sol.
Éramos algo sem nenhuma importância coletiva,
Indivíduos, nada mais.
Nos transformamos num gigante coração
A marchar pelas avenidas.
Nossas reivindicações eram apenas pedidos,
Menos do que isso, gemidos,
Aguardando audiências e despachos.
Agora a voz de cada um faz parte
De um canto cantado por um coral de milhares.
Não somos indivíduos nem multidão,
Somos um povo unido.