Bolsonaro ocupa lugar que antes era do PSDB, diz cientista político

O cientista político Alberto Carlos Almeida, autor do livro “A cabeça do brasileiro” disse nesta quarta-feira (23), na sua conta no Twitter, que a queda de popularidade do governo foi junto com a queda do PIB no primeiro trimestre. “Bolsonaro ocupou a posição que antes era do PSDB”, disse.

Bolsonaro

Ele fez referência a primeira Pesquisa CNI-Ibope dando conta de que 35% avaliam o governo como ótimo ou bom, 31% regular, enquanto 27% acham ruim ou péssimo. 

“Houve uma leve queda do regular e migração dos eleitores para a avaliação negativa. Tomando-se a série inteira o ruim e péssimo aumentou de 11 para 27%. O que temos hoje é mais ou menos o seguinte: 1/3 a favor de Bolsonaro, 1/3 contra Bolsonaro e 1/3 a meio caminho”, analisou.

Na sua avaliação, o ótimo e bom variou dentro da margem de erro. “Isso significa que a redução da avaliação positiva, que havia sido grande entre janeiro e março, parou. Ou seja, deixou de diminuir aqueles que acham o Governo Bolsonaro ótimo e bom. O ruim e péssimo aumentou no último mês de 24 para 27%”, afirmou.

Outros dados

A pesquisa revelou ainda quanto maior o nível de renda, maior a popularidade do presidente. “O percentual dos que avaliam o governo como ótimo ou bom sobre de 27%, entre os brasileiros com até um salário mínimo de renda familiar, para 45% no grupo com renda acima de cinco salários mínimos”, revelou a pesquisa.

A popularidade dele também é maior entre os homens. Para 38% dos entrevistados o governo é bom, percentual que cai para 32% entre as mulheres. “Entre os homens, 58% confiam no presidente. No caso das mulheres, esse percentual reduz para 45%.

A pior avaliação do governo Bolsonaro está no Nordeste. Entre os residentes daquela região, 25% avaliam o governo como ótimo ou bom, enquanto 40% o avaliam como ruim ou péssimo. Na região, 58% não confiam no governo. Quanto à maneira de governar 55% desaprovam contra 38% que aprovam. Na região Sul, 44% avaliam o governo como ótimo ou bom e 60% confiam nele.