Manuela afirma que Bolsonaro é “desastroso”
Candidata a vice-presidente nas eleição de 2018, a ex-deputada Manuela d'Ávila (PCdoB) avaliou que os três primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro (PSL) foram desastrosos. "São 100 dias de muitas tragédias. É um governo muito caricato, que se esforça para manter a divisão social do Brasil e para criar esse clima de campanha eleitoral e de um inimigo ficcional (PT) a ser derrotado, justamente para esconder um monte de lambanças que estão sendo feitas", afirmou.
Publicado 18/04/2019 20:17
A declaração foi dada durante o lançamento de seu novo livro, Revolução Laura, no Ciclo Básico I, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A convite da instituição, Manuela chegou na universidade por volta das 11h. De lá, se dirigiu a uma sala e distribuiu autógrafos e fotos aos estudantes da Unicamp durante pouco mais de 1h30.
Por volta das 13h, a jornalista se reuniu com centenas de alunos e debateu a importância do combate ao processo de fake news no Brasil. Para ela, as pessoas precisam ter noção do que fazem na internet, já que a plataforma é um meio de comunicação que causa danos. "A construção de fake news impacta em uma fratura social que o Brasil vive e na violência política como instrumento político", alegou.
Manuela afirmou ainda que foi vítima das mentiras virtuais durante a corrida eleitoral de 2018. Segundo ela, o volume de fake news que foram, supostamente, distribuídas no ano passado por empresas que apoiavam a campanha de Bolsonaro feriu a democracia brasileira. "O País se viu diante de notícias falsas, distribuídas a partir de ferramentas de Big Data e de robôs num volume avassalador, que fez com que muitas pessoas fossem enganadas", disse.
Após a roda de conversas, Manuela aproveitou a visita a Campinas para conhecer a Casa do Sol, localizada no Parque Xangrilá. O local foi construído pela escritora Hilda Hilst, onde viveu por cerca de 40 anos até a sua morte em 2004. O espaço foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepacc), em outubro de 2011.
Nas décadas de 70 e 80, a casa foi frequentada por grandes nomes da intelectualidade brasileira, como o maestro Jose Antônio de Almeida Prado, os escritores Caio Fernando Abreu e Lygia Fagundes Telles, a poeta Olga Savary, os críticos Léo Gilson Ribeiro e Nelly Novaes Coelho, além dos físicos Mario Schenberg e Newton Bernardes e de tantas outros nomes importantes.
Manuela encerrou suas atividades pela cidade na noite de ontem, com uma segunda cerimônia de lançamento do seu livro, dessa vez, no espaço Terracota Coworking e Educação, no distrito de Barão Geraldo.