Manuela afirma que Bolsonaro é “desastroso”

Candidata a vice-presidente nas eleição de 2018, a ex-deputada Manuela d'Ávila (PCdoB) avaliou que os três primeiros meses do governo de Jair Bolsonaro (PSL) foram desastrosos. "São 100 dias de muitas tragédias. É um governo muito caricato, que se esforça para manter a divisão social do Brasil e para criar esse clima de campanha eleitoral e de um inimigo ficcional (PT) a ser derrotado, justamente para esconder um monte de lambanças que estão sendo feitas", afirmou.

Manuela dAvila - Foto: Facebook Manuela

A declaração foi dada durante o lançamento de seu novo livro, Revolução Laura, no Ciclo Básico I, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A convite da instituição, Manuela chegou na universidade por volta das 11h. De lá, se dirigiu a uma sala e distribuiu autógrafos e fotos aos estudantes da Unicamp durante pouco mais de 1h30.

Debate com estudantes da Unicamp (Foto: Henrique Frazão)

Por volta das 13h, a jornalista se reuniu com centenas de alunos e debateu a importância do combate ao processo de fake news no Brasil. Para ela, as pessoas precisam ter noção do que fazem na internet, já que a plataforma é um meio de comunicação que causa danos. "A construção de fake news impacta em uma fratura social que o Brasil vive e na violência política como instrumento político", alegou.

Manuela afirmou ainda que foi vítima das mentiras virtuais durante a corrida eleitoral de 2018. Segundo ela, o volume de fake news que foram, supostamente, distribuídas no ano passado por empresas que apoiavam a campanha de Bolsonaro feriu a democracia brasileira. "O País se viu diante de notícias falsas, distribuídas a partir de ferramentas de Big Data e de robôs num volume avassalador, que fez com que muitas pessoas fossem enganadas", disse.

Após a roda de conversas, Manuela aproveitou a visita a Campinas para conhecer a Casa do Sol, localizada no Parque Xangrilá. O local foi construído pela escritora Hilda Hilst, onde viveu por cerca de 40 anos até a sua morte em 2004. O espaço foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural (Condepacc), em outubro de 2011.

Nas décadas de 70 e 80, a casa foi frequentada por grandes nomes da intelectualidade brasileira, como o maestro Jose Antônio de Almeida Prado, os escritores Caio Fernando Abreu e Lygia Fagundes Telles, a poeta Olga Savary, os críticos Léo Gilson Ribeiro e Nelly Novaes Coelho, além dos físicos Mario Schenberg e Newton Bernardes e de tantas outros nomes importantes.

Manuela participou de debate ao lado de Gustavo Petta

Manuela encerrou suas atividades pela cidade na noite de ontem, com uma segunda cerimônia de lançamento do seu livro, dessa vez, no espaço Terracota Coworking e Educação, no distrito de Barão Geraldo.