Flávio Dino diz que desesperança pode conduzir o país a uma ditadura

O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz que o aprofundamento da recessão econômica está destruindo as finanças públicas, paralisando serviços e ampliando a desesperança da população, o que ele acredita ser “a maior ameaça o Estado Democrático de Direito”.

Por Iram Alfaia

Flávio Dino - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

“Crescem na prática os sinais de um Estado militar e policialesco no Brasil. Tiros, armas, a ideia falsa de que somente militares nos salvarão, violência e ódio para todos os lados, o suposto horror à `velha política´. Receita que pode conduzir a uma ditadura aberta”, argumentou o governador no Twitter.

Ele defendeu como questão nacional mais importante fazer a economia voltar a crescer. Sem isso, a democracia está sendo destruída, “pois população desesperançada não pode acreditar em instituições”.

Flávio Dino destacou a estagnação do país em todos os setores. “Sublinho também a grave destruição de serviços públicos com o colapso das finanças públicas em todos os níveis”, diz.

Para ele, com a economia parada, não há como recuperar estradas, ampliar hospitais, realizar concursos e pagar servidores. “Brasil está parando e lamento que alguns não queiram ver”, afirmou.

O governador criticou a decisão do governo Bolsonaro de interromper a política de aumento real do salário mínimo. “É duplamente equivocada: congela desigualdades sociais abissais e desestimula participação dos mais pobres no mercado de consumo”, alertou.

“Só há um jeito de a economia voltar a crescer: aquecer a demanda. Cortes e mais cortes são obviamente pró-cíclicos, ou seja, recessão mal enfrentada leva a mais recessão. Não há maior irresponsabilidade fiscal do que gerar e manter recessão econômica”, criticou.