Pompeo diz que China e Rússia financiam "ditaduras" na América Latina

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, atacou a China dizendo que o gigante socialista “financia” o governo da Venezuela.

EUA

“O financiamento do regime de [Nicolás] Maduro pela China ajudou a precipitar e prolongar a crise naquele país”, disse Pompeo, acrescentando que a China investiu mais de US$ 60 bilhões, “sem contar com armas”, acusou Pompeu, no Chile, no início da sua visita oficial a quatro países da América Latina para conspirar contra a democracia venezuelana.

“Não é surpresa que Maduro utilizou o dinheiro para fazer pagamentos a amiguinhos, para esmagar ativistas pró-democracia e financiar programas sociais ineficazes”, acusou o representante do regime de Washington. O feroz secretário de Estado prosseguiu nos ataques, tentando igualar os investimentos chineses à política de intervenção norte-americana. “Acho que há uma lição, uma lição a ser aprendida para todos nós: a China e outros países estão a ser hipócritas quando pedem uma não-intervenção nos assuntos da Venezuela”, enquanto as “suas próprias intervenções financeiras ajudaram a destruir o país”, vociferou.

O secretário de Estado norte-americano atacou ainda os laços da Rússia com os líderes em Cuba, Nicarágua e Venezuela que não rezam pela ladainha da Casa Branca. “Abrir um centro de treinos na Venezuela é uma provocação óbvia”, disse. A Rússia enviou no mês passado para a Venezuela, de acordo com relatos da imprensa venezuelana, dois aviões que transportavam 99 militares e 35 toneladas de material bélico. Moscou também abriu, no final de março, um centro de treino militar para pilotos de helicóptero na Venezuela.