Prisão ameaça a vida de Assange, diz especialista da ONU

 

Assange

Um especialista da Organização das Nações Unidas (ONU) planejava encontrar-se com o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, na embaixada do Equador em Londres, no dia 25 de abril, após receber denúncias de violações de privacidade, informou um comunicado divulgado sexta-feira pelo Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH).

Essa decisão foi tomada depois que o especialista recebeu duas denúncias separadas feitas por Assange e pelo presidente do Equador, Lenin Moreno, de acordo com o comunicado.

Na declaração, Joe Cannataci, relator especial do Conselho de Direitos Humanos sobre o direito à privacidade, disse que a reunião "ajudará a determinar se existe um caso presumido de violação de privacidade que justifique uma investigação mais aprofundada".

Ele também disse que estava pedindo mais informações ao governo equatoriano sobre uma queixa apresentada pelo presidente do país de que sua privacidade havia sido violada pela publicação de dados pessoais.

Em outra declaração divulgada pelo ACNUDH, o relator especial da ONU sobre Tortura, Nils Melzer, disse, antes da expulsão, estar alarmado com relatos de que Assange seria expulso da embaixada do Equador em Londres, indicando que ele pretendia investigar pessoalmente o caso.

Melzer afirmou que a expulsão de Assange da embaixada do Equador poderia "expô-lo a um risco real de graves violações de seus direitos humanos, incluindo sua liberdade de expressão, seu direito a um julgamento justo e a proibição de tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante".

A informação é da Agência Xinhua