Há um ano de sua prisão, apoiadores de Lula exigem sua liberdade

O Brasil vive neste fim de semana uma série de manifestações para exigir a libertação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que completa neste domingo (7) um ano inteiro preso. Os eventos também estão marcados pela intensificação da campanha para denunciar nacional e internacionalmente as motivações políticas do seu encarceramento.

Lula se despede

“Neste domingo! Todos nas ruas para defender a liberdade do Lula! Em Curitiba, caravanas de diferentes partes do país visitarão a Vigília Lula Livre para um grande ato contra a prisão sem provas do maior presidente da história do Brasil”, diz o texto que faz a convocatória do evento, como parte da “Jornada Internacional Lula Livre”.

Segundo o informado pelo portal Rede Brasil Atual, a Caravana Lula Livre, que já passou por Porto Alegre e Florianópolis, chega neste domingo em Curitiba, onde será realizado um grande ato próximo à sede da Polícia Federal, onde Lula está preso.

No primeiro dia da caravana, durante um ato na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, a ex-candidata à vice-presidência e ex-deputada do Partido Comunista do Brasil, Manuela D'Ávila, disse que “a liberdade de Lula é a liberdade do nosso país. Ele conduziria o povo, uma vez mais, ao Palácio do Planalto e à soberania”.

Por sua vez, a deputada federal Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), ao qual pertence Lula, insistiu em afirmar os motivos políticos que, segundo os seus partidários, estiveram por trás da condenação do ex-mandatário brasileiro, acusado de corrupção e impedido de ser candidato presidencial em 2018 – eleição para a qual era apontado como favorito, segundo as pesquisas.

“Quando falamos da defesa do Lula, não estamos falando só da defensa de um homem preso injustamente, estamos falando daquele que se atreveu a dizer que o Brasil jamais se inclina diante dos Estados Unidos, que se atreveu a dizer que este país seria altivo, ativo e soberano", acrescentou.

“Libertar o Lula é garantir que a Constituição seja cumprida e que os trabalhadores brasileiros tenham seus direitos assegurados”, sustentou o ex-prefeito de São Paulo e presidenciável do PT em 2018 (substituindo Lula), Fernando Haddad, durante o ato na Assembleia Legislativa.

Além dos eventos no Brasil, estão previstos protestos em cidades de outros 15 países onde há organizações que exigem a liberdade do ex-mandatário, preso desde 7 de abril de 2018, em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês, por corrupção.

O ex-presidente, de 73 anos, foi condenado em primeira e segunda instância por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, como beneficiário de um apartamento que teria sido colocado à sua disposição por uma empreiteira em troca de contratos na petroleira estatal brasileira Petrobras.