Flávio Dino diz que proibir Lula de ir a velório é indigno

Ao prestar solidariedade a Lula pela morte do neto Arthur Araújo Lula da Silva, de sete anos, vítima de uma meningite, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diz esperar que não comentam a indignidade de impedir o ex-presidente de ir ao velório do neto.

Por Iram Alfaia 

Lula e o neto

“Espero que não cometam a indignidade, a inominável violência, de impedir que o presidente Lula compareça ao velório do seu neto. Minha solidariedade a ele e aos pais. Infelizmente conheço essa dor sem nome e sem tamanho”, disse o governador, que em 2012 perdeu o filho Marcelo Dino, de apenas 13 anos.

Ex-ministro de Lula e atual líder do PCdoB na Câmara dos Deputados, Orlando Silva (SP), prestou solidariedade ao amigo em mais um momento de luto e dor.

“Que a justiça respeite a lei dessa vez e permita que esteja com a família nessa hora terrível. Do contrário, nem se saberá mais distinguir se são juízes ou carrascos”, afirmou.

A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, pediu força a Lula. “Estamos do teu lado, sinta nosso abraço e solidariedade. Faremos de tudo para que você possa vê-lo. Força a família, aos pais Sandro e Marlene. Dia muito triste”.

A líder da Minoria na Câmara dos Deputados, Jandira Feghali (PCdoB-RJ), publicou na rede social o artigo 120 da Lei de Execução Penal demonstrando o direito legal de Lula ir ao velório do neto.

“Espero que desta vez Lula tenha o direito de ir ao enterro de seu parente! A sua família merece isso! Alô, justiça!”, disse no Twitter.

O líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), diz que Lula enfrenta uma injustiça atroz. “Jamais a dor, a violência e a injustiça impingidas a esse homem poderão ser reparadas. Depois de perder sua companheira de vida, dona Marisa, Lula foi preso e, na cadeia, perdeu o irmão Vavá, a quem não teve o direito de velar, e agora o neto Arthur”, lembrou.