Grandes fortunas chegam a R$ 133 bilhões no Brasil

A administração de grandes fortunas, segmento chamado de private bank, movimenta no Brasil cerca de R$ 133 bilhões, estima a Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid).

É a primeira vez que uma entidade oficial faz uma projeção do tamanho desse setor, que ganha importância dentro da administração de recursos e que ontem ganhou um código de auto-regulação da Anbid específico. A conta é simples: pelas estatísticas de março da Anbid, os fundos e carteiras administradas voltadas aos clientes de private bank representavam R$ 80 bilhões, sendo que esses produtos significam 60% dos recursos totais dos clientes private no Brasil. Nos últimos anos, com a estabilidade econômica e o reaquecimento do mercado de capitais, o segmento de grandes fortunas no Brasil cresce a taxas de 15% ao ano, em linha com os demais países da América Latina e acima dos mercados europeus e americanos, que crescem 10% ao ano, lembra o vice-presidente da Anbid e coordenador da comissão de private banking, Celso Scaramuzza.

Entre os principais pontos, o novo código de auto-regulação determina quem pode exercer a função de administrador de recursos de private e quais as condições míni mas para fazer tal gestão. Para assegurar total independência entre o private e as demais áreas dos bancos, o novo código determina, por exemplo, que a área tenha um diretor responsável que responda à Anbid e que seja diferente do diretor de tesouraria ou o da asset. Além disso, a área deve ter também departamentos de análise macroeconômica e de investimentos totalmente separados dos da asset do banco. "Isso exigirá mudanças em alguns bancos", diz Scaramuzza. O código, considera cliente private aqueles com investimento mínimo de R$ 1 milhão. As instituições associadas à Anbid são obrigadas a aderirem ao código no prazo de 180 dias e receberão um selo de qualidade.

A informação é do
jornal Valor Econômico