Marco Aurélio diz que remete ao lixo ações como a de Flávio Bolsonaro

Na quinta-feira (18), o ministro plantonista Luiz Fux decidiu, em caráter liminar, pela suspensão do processo acatando pedido do filho do presidente de que as investigações deveriam passar para o STF agora que ele passará a ter privilegiado. Flávio também pedia a anulação das provas coletadas até o momento.

A suspensão da investigação sobre as movimentações financeiras de Queiroz, ex-assessor de Flávio, remeteu a decisão sobre o pedido ao ministro Marco Aurélio, que é o relator do caso na corte, mas só retornará do recesso no dia 1º de fevereiro. Em conversa com Andreia Sadi, ele disse que deverá assinar sua decisão já no dia 1º. Ainda que não possa antecipar sua decisão, Marco Aurélio disse que não pode variar suas decisões sobre pedidos do tipo e que, nesses casos, tem “negado reclamações assim, remetendo ao lixo”. Ele afirmou que trata-se de uma questão de coerência e que processo “não tem capa, tem conteúdo”.

O MP-RJ investiga movimentações financeiras de Queiroz consideradas “atípicas”, que somam R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e o mesmo mês de 2017, por um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O caso faz parte da Operação Furna da Onça, que investiga um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e loteamento de cargos públicos por deputados da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).