China diz que agressividade dos EUA mina o livre comércio 

Em 2018, a China lançou uma série de medidas de reforma e abertura, desde corte substancial de tarifas, redução de itens das listas negativas, eliminação de restrições de investimento, até reforço da proteção à propriedade intelectual. 

Entre as dez principais notícias internacionais em 2018 selecionadas pela mídia de vários países, se destaca a escalada das tensões no comércio global provocada pelos Estados Unidos. O presidente chinês, Xi Jinping, disse em sua mensagem de Ano Novo que a China mantém a confiança e a determinação de defender a soberania e a segurança nacionais, bem como a sinceridade e a boa intenção de manter a paz mundial e promover o desenvolvimento comum.

Em 2018, a China lançou uma série de medidas de reforma e abertura, desde corte substancial de tarifas, redução de itens das listas negativas, eliminação de restrições de investimento, até reforço da proteção à propriedade intelectual. O contexto dessas medidas é que a China deve aprofundar as reformas, independentemente de seus atritos comerciais com os EUA.

Nos últimos anos, especialmente em 2018, o populismo, o protecionismo e o unilateralismo aumentaram e até prevaleceram em alguns países, minando o livre comércio e a globalização. Os atritos comerciais entre a China e os EUA começaram a diminuir e os dois países concordaram em conduzir negociações. A expansão de abertura da China não só promoverá as negociações entre os dois países, mas também contribuirá para o desenvolvimento comum com todos os países.

Do ponto de vista do PIB per capita, a China ainda é um país em desenvolvimento, embora tenha sido a segunda maior economia do mundo por muitos anos devido a seu agregado econômico. A China está empenhada em defender o sistema global de comércio multilateral. O país adotou várias medidas para abrir ainda mais seu mercado interno, o que promoverá o comércio e investimentos globais. A economia chinesa também enfrenta novos desafios. Os dados mais recentes mostram que em dezembro de 2018, o Índice de Gerentes de Compras (IGC) da China caiu para 49,4, de 50,0 registrado em novembro.

Felizmente, a inovação independente está desempenhando um papel cada vez maior na reestruturação da economia chinesa. O último relatório anual da Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) mostra que a China teve o maior número de pedidos de propriedade intelectual no mundo em 2017.

A Suprema Corte chinesa criou recentemente um tribunal de propriedade intelectual. Esta é uma grande notícia positiva para os investidores chineses e estrangeiros. A China e os Estados Unidos poderão conduzir consultas e negociações neste mês. Embora os resultados sejam imprevisíveis, é certo que um acordo entre os dois países beneficiará não só as duas economias, como também o mundo inteiro.

Para a China, não importa qual seja o resultado das consultas e negociações, nem importa quantas sejam as incertezas no futuro, sua prioridade é sempre aprofundar a reforma. Ao longo dos últimos 40 anos, a China nunca hesitou em aprofundar ainda mais a reforma e abertura para enfrentar os desafios internos e externos. A China já mostrou seu objetivo, que é a modernização de seu sistema de governança e de sua capacidade de governança.

A informação é da Rádio Internacional da China