Tucano Doria abraça e incorpora o governo mais rejeitado da história

O governo Temer, apontado por todas as pesquisas de opinião como o mais rejeitado da história do Brasil, provocou uma explosão no número de desempregados no país (o índice saltou de 6,5% em 2015, durante o governo Dilma, para 13,7% em 2017, quando o governo Temer completou um ano). Mas os ministros e auxiliares do moribundo presidente não precisam se preocupar com isso pois estão com seus empregos garantidos como auxiliares do futuro governador de São Paulo, João Doria (PSDB).

Aloysio Nunes

Nesta quinta-feira (27) foi anunciado que o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, será o 7º integrante do primeiro escalão do governo do presidente Michel Temer a migrar para a futura gestão de João Doria (PSDB) em São Paulo. A partir de 5 de fevereiro, o chanceler vai assumir a presidência da Investe SP, agência paulista de promoção de investimentos.

A agência é um órgão da Secretaria da Fazenda, Planejamento e Gestão, que será chefiada pelo ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles.

Aloysio Nunes foi ministro-chefe da Casa Civil e ministro da Justiça no governo de Fernando Henrique Cardoso. No Congresso Nacional, foi líder do governo Michel Temer, além de presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado Federal e presidente da Comissão Mista de Atividades de Inteligência do Congresso Nacional.

Além dele e de Henrique Meirelles, também vão integrar o próximo governo de São Paulo os ex-ministros: Gilberto Kassab, na Casa Civil, Vinícius Lummertz, na Secretaria de Turismo, Alexandre Baldy, na Secretaria de Transportes Metropolitanos, Sérgio Sá Leitão, na Secretaria da Cultura, e Rossielei Soares na Secretaria de Educação.

O mais rejeitado da história

O governo Temer terá fim no próximo dia 31 de dezembro como o mais rejeitado da história e com o presidente sendo alvo de novas denúncias de corrupção. De acordo com pesquisa do Ibope, divulgada no dia 13 de dezembro, 74% dos brasileiros consideram sua gestão ruim ou péssima. Apenas 5% disseram achar seu governo bom ou ótimo.

Em junho deste ano, após a greve dos caminhoneiros, a impopularidade de Temer chegou a bater em 82%, rejeição recorde para um governante brasileiro.

Doria também abandonou a prefeitura de São Paulo (após pouco mais de um ano de mandato) com a imagem chamuscada, tanto pelo abandono da gestão que havia prometido cumprir até o final, quanto pelos pífios resultados de sua administração e as inúmeras polêmicas nas quais se envolveu. Agora, como futuro governador, Doria abraça e traz para sua equipe o que há de mais atrasado na gestão Temer. Só mesmo um otimista alucinado poderia apostar que esta indigesta combinação pode dar certo.

Fontes: Huffpost e Exame