Rússia rechaça pretextos dos EUA para novas sanções

 A Rússia repudiou nesta quinta-feira (8) os novos pretextos dos Estados Unidos para a possível aplicação de novas sanções unilaterais contra este país, agora, pela suposta violação de leis norte-americanas sobre controle de armas químicas.

Maria Zarajova Russia

 Anteriormente, Washington insistiu na necessidade de punir Moscou por sua suposta relação com o caso de envenenamento do ex-agente Serguei Skripal, para o qual nunca apresentou provas, afirmou a porta-voz da Chancelaria russa, María Zajarova.

Nesta ocasião, referem-se à violação pela Rússia de leis estadunidenses de controle de armas químicas. Sem dúvida, os que fazem tais declarações desconhecem a situação real dos Estados Unidos, comentou a porta-voz.

A Rússia desde meados do ano passado concluiu um longo e caro processo de destruição de seu arsenal químico, antes da data prevista de 2019.

No entanto, Estados Unidos e outras potências ocidentais postergam o cumprimento desse compromisso, destacou.

Estados Unidos deveriam cumprir com suas próprias leis antes de exigir de outras nações, estimou Zajarova, que considera que os funcionários norte-americanos desconhecem a falta de compromisso de seu país com o cumprimento da Convenção de Armas Químicas.

A política de sanções unilaterais de Washington contra outros Estados converte-se em algo rotineiro, afirmou.

Desde 2011, a Casa Branca aplicou restrições contra a Rússia em 62 ocasiões. O tempo passa e os pretextos sempre se encontram, declarou a porta-voz da Chancelaria.

Os Estados Unidos devem se ater às suas regras de controle de armas químicas no caso dos grupos radicais, aos quais equipam na Síria, assinalou a diplomata.

A porta-voz também advertiu sobre a ilusão estadunidense de vencer em um conflito nuclear limitado. Em toda guerra com armas de destruição nunca há vencedores, por isso jamais deve ser desencadeado um conflito como esse, sublinhou.

Zajarova chamou a atenção que a nova doutrina militar norte-americana se refere ao emprego limitado de armas nucleares.