Atos contra Bolsonaro e de apoio a Haddad neste sábado (20) no Brasil

Neste sábado (20) atos nacionais em defesa da democracia ganham as ruas do Brasil. As manifestações que apoiam a chapa Fernando Haddad e Manuela d’Ávila também protestam contra a candidatura de Jair Bolsonaro (PSL). As frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo e o Movimento Mulheres contra Bolsonaro contabilizam dezenas de cidades que confirmaram os atos denominados “Todos pelo Brasil”.

Por Railídia Carvalho

Haddad Bahia - Ricardo Stuckert

Em São Paulo, o ato será às 15h, no vão livre do Museu de Arte (Masp), na Avenida Paulista, região central da capital. Já no Rio de Janeiro, a manifestação começa às 13h, na Cinelândia.

Belo Horizonte terá seu ato às 12h, na Praça Sete de Setembro, no centro. A programação em Salvador começará às 14h, com concentração no Largo do Campo Grande. Acesse AQUI a relação dos atos confirmados pelo Brasil.

“A candidatura de Jair Bolsonaro apoia a ditadura militar, defende explicitamente a violação dos direitos humanos, questiona os direitos das minorias, e a ocorrência comprovada de torturas. Além disso, ameaça constantemente com a quebra da normalidade democrática. Suas mal apresentadas propostas indicam um projeto político de continuidade e aprofundamento dos ataques aos direitos políticos e sociais do povo brasileiro”, diz manifesto divulgado pelas frentes e pelo movimento mulheres contra Bolsonaro.

Protesto contra fraude na eleição

A Justiça Eleitoral que permanece paralisada em torno da denúncia de crime eleitoral de Bolsonaro também será alvo dos protestos nas ruas, afirmou Kátia Branco, dirigente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) no Rio de Janeiro. Segundo ela, a falta de resposta do judiciário sobre a acusação de Caixa 2 contra Bolsonaro deixa o processo eleitoral comprometido.

“Estamos presenciando a maior fraude eleitoral da história do país e o Judiciário não faz nada”, afirmou a dirigente, que é secretária da Mulher Trabalhadora da CTB-RJ. A nossa resposta deve ser nas ruas para barrar o avanço do autoritarismo, da retirada de direitos e da violência”, complementa.

Vagner Freitas, presidente da Central Única dos Trabalhadores lembrou mais uma vez que direitos históricos estão ameaçados com Jair Bolsonaro. “Vamos falar que a nossa aposentadoria, o nosso 13º, as empresas públicas e até mesmo a democracia, que garante que a gente possa reivindicar salários e até mesmo brigar contra medidas nefastas do governo, estão em risco”, pontua o presidente da CUT, Vagner Freitas.

”As pessoas precisam entender que isso não é conversa de esquerda, é um fato comprovado com vídeos onde o próprio candidato do PSL diz, por exemplo, que votou contra uma lei que garante direitos às domésticas”, diz Vagner, se referindo a entrevista que Bolsonaro deu dizendo que votou contra a PEC das Domésticas.

Dia da Virada

Pesquisa CUT/Vox Populi realizada nos dias 16 e 17 de outubro apontaram que Bolsonaro tem 53% dos votos válidos enquanto Haddad está com 47%. O levantamento é anterior às denúncias divulgadas pelo Jornal Folha de S.Paulo de que empresários pagaram pelo disparo de pacotes de whatsapp que difamam o PT e o candidato Fernando Haddad.

A denúncia intensificou a cobrança a Ministra Rosa Weber do Tribunal Superior Eleitoral, que vem recebendo cobrança pública de juristas, artistas e lideranças sociais e sindicais. Paralelo à cobrança de um posicionamento do judiciário, Haddad tem insistido que o candidato Bolsonaro participe dos debates. O petista também cobrou das emissoras a manutenção dos debates ainda que o adversário se negue a participar.

Ele só fala grosso sozinho

De acordo com os médicos, Jair Bolsonaro está liberado para ir aos debates. Pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira (18) mostrou que 67% dos eleitores consideram importante que aconteçam os debates entre Fernando Haddad e Jair Bolsonaro.

Nas redes sociais, Haddad criticou Bolsonaro por não ir ao debate e acusou o adversário. “Ele quer que o povo brasileiro assinem um cheque em branco. Mesmo com liberação médica, se recusa a debater olho no olho. Recusa apresentar suas ideias ao povo. Ele só fala grosso sozinho”, escreveu Haddad.