China pede livre comercio contra o protecionismo

Em encontro entre os primeiros-ministros da China e da Holanda, ambos pediram esforços globais  para promover o livre comércio e salvaguardar o multilateralismo com o propósito de enfrentar os desafios comuns que confrontam o mundo

Holanda e China

Em uma coletiva de imprensa em Haia com o primeiro-ministro holandês, o primeiro-ministro chinês, Li Keqiang, em visita oficial ao país, declarou que as duas nações irão consolidar os consensos alcançados e trabalhar juntas com todas as partes para impulsionar o livre comércio e melhorar ainda mais o sistema comercial multilateral sob o contexto de crescentes incertezas.

"O livre comércio não é uma rejeição ao comércio justo", disse Li. "Sem o livre comércio não há comércio justo e sem comércio justo, o livre comércio não obterá um desenvolvimento sustentável". Sobre o multilateralismo, Li disse que não representa desrespeito às relações de país para país, mas sim uma promoção da democratização das políticas internacionais.

Li reiterou a determinação da China de se tornar mais aberta ao mundo e disse que seu país continuará ampliando seus mercados para o investimento holandês em setores como agrícola e de serviços. Quanto a um recente acordo entre a China e a Alemanha sobre a construção de um complexo químico na China, Li disse que a nova política da China de abrir ainda mais seu setor manufatureiro de base eliminando as restrições à propriedade estrangeira é aplicável a todos.

"A política não é só para algumas companhias específicas de determinados países", disse Li, acrescentando que outras empresas europeias se encontram entre as primeiras a se beneficiar desta política. A China irá liberar ainda mais seu mercado de serviços financeiros e ampliará o acesso ao mercado nas indústrias de manufatura e serviços, disse Li à imprensa.

O primeiro-ministro chinês expressou a esperança de que as empresas de todo o mundo possam aproveitar as oportunidades geradas pela nova rodada de reforma e abertura da China para obter resultados de benefício recíproco e desenvolvimento comum.

Sob as atuais circunstâncias, Li disse que a China e a Holanda precisam abrir mais entre si seus respectivos mercados, aprofundar a cooperação em indústrias tradicionais como agrícola e energética e buscar uma nova cooperação em áreas como manufatura de alta tecnologia e serviços.