Haddad quer olho no olho com o povo e diz: Pesquisa não ganha eleição

O candidato à Presidência da República Fernando Haddad recebeu nesta terça-feira (16) o apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ambas formadas por inúmeros movimentos sociais e sindicais. Diante de trabalhadores, militantes sociais, representantes do PCdoB, PT e PSOL, Haddad afirmou que a tarefa nestes 12 dias antes do segundo turno é mostrar para o povo a fraude que é Jair Bolsonaro. “É um balão de ar que se acertar uma agulha vai derreter em alguns dias.”

Por Railídia Carvalho

Haddd Frentes Populares - Foto: Midia Ninja

Haddad criticou a elite brasileira que, segundo ele, está disposta a tudo para impedir a retomada de um projeto de desenvolvimento com inclusão social, que foi inaugurado pelo PT com a eleição de Lula em 2002.

“A elite brasileira passou os últimos anos garimpando entre os seus quadros aquele que seria o Macron [Emmanuel Macron, presidente da França] brasileiro. Pesquisaram, pesquisaram, pesquisaram e apresentaram o Jair Bolsonaro”, lembrou Haddad.

Bolsonaro é Temer piorado

Segundo ele, Bolsonaro está entre os dez piores deputados que o país já teve. “Não tem nenhum compromisso com o Brasil, com o trabalhador ou com o povo. É capaz das maiores atrocidades verbais para colocar os seus pontos de vista desrespeitosos diante da maioria do povo brasileiro.”

Haddad enfatizou ao público que esta eleição é “a causa das nossas vidas”. Reafirmou que Bolsonaro é um Michel Temer piorado. “É um balão de ar sustentado pelos bancos, pelo agronegócio atrasado, pelos meios de comunicação”, completou. Ele ressaltou que o que está em jogo é “a dignidade humana e o futuro das próximas gerações”. “É hora de tocar o barco, botar gente na rua e ir de porta em porta”, convocou.

Pesquisa não ganha eleição

Ao comentar as pesquisas, Haddad relembrou a sua campanha para a Prefeitura de São Paulo em 2012 e da presidenta Dilma Rousseff em 2014. “Eu me tornei prefeito de São Paulo sem liderar nenhuma pesquisa Datafolha e Ibope em 2012.” Ele comentou ainda que em 2014 os adversários de Dilma Rousseff tiveram que cancelar a champagne na comemoração que estava preparada em Belo Horizonte.

“Até que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou o resultado oficial quando o voto do povo começou a chegar. Era o quarto recado do povo dizendo não para o projeto que eles representam. Era não para o atraso, não para o desrespeito. A quarta vitória do povo nunca foi aceita e levou o Brasil à crise que vivemos hoje”, completou.

Haddad reiterou que a eleição é o momento de resgatar o país e os projetos de desenvolvimento com inclusão social. “O projeto que nós representamos é o projeto que vai tirar o país da crise. Setores que há 500 anos são esquecidos terão a chance de trabalhar, de estudar e de progredir. Esse é o projeto de Lula que até hoje é respeitado pelo povo trabalhador.”