Haddad: “Bolsonaro seria o maior retrocesso da história do país”

Durante conversa com a Rádio Metrópole, o candidato à presidência Fernando Haddad (PT) afirmou que seu adversário no segundo turno, Jair Bolsonaro (PSL), representa um retrocesso histórico para o país, tanto nos direitos sociais como trabalhistas. Ele disse ainda que a violência não irá levar a lugar algum e que 'o preconceito está na boca de seu adversário'.

Haddad na coletiva - Clécio Almeida

“Nós vamos vencer tudo que o meu adversário representa e que é um retrocesso histórico para o país, isso em termos de direitos sociais e de direitos trabalhistas. Dessa maneira, eu vejo a minha missão como uma missão histórica da maior importância para preservar o que o país construiu de melhor”, afirmou Haddad.

E disse que "o preconceito está na boca do meu adversário”, se referindo as declarações polêmicas de Bolsonaro. Haddad citou os ataques de Bolsonaro contra Dom Paulo Evaristo Arns, um dos maiores cardeais do Brasil, que o capitão da reserva chamou de ‘picareta’.

Haddad lembrou também a fala de Bolsonaro que explicita preconceito racial, quando disse que seu 'filho ‘jamais se casaria com uma negra porque foi educado’.

“O Brasil pegou um dos piores parlamentares da história – que ficou 28 anos ganhando um salário bem remunerado e com muitos assessores, mas que nunca fez nada pelo país – e quer levar às cegas para o maior posto do país”.

Por ser Dia dos Professores, o candidato traçou um paralelo entre o papel do presidente da República e dos educadores.

Segundo Haddad, que é docente por formação, “o professor tem que ser generoso com todo mundo porque quando você entra em uma sala de aula, você não pergunta se o sujeito é corintiano(…), cristão ou judeu, se é preto ou é branco. Você se doa para que as pessoas aprendam e se desenvolvam”. 

Para ele, esse é o mesmo papel de um governante: “na democracia um chefe de Estado não pode olhar cor e gênero, ele tem que abraçar todas as pessoas e cuidar daqueles que estão em uma situação de maior preocupação. Assim como em uma sala de aula você dá atenção para aquele aluno que não está acompanhando a aula, justamente para que ele não fique para trás, um chefe de Estado tem que olhar para todos”, disse à rádio.