Haddad quer fortalecer controle das estatais contra a corrupção

 Em entrevista coletiva a jornalistas em São Paulo na manhã deste sábado (13), o candidato à presidência Fernando Haddad (PT) disse que faz a autocrítica necessária às gestões petistas, mas que, mais do que isso, é preciso apontar os caminhos para superação dos problemas.

Haddad

 "O ministério da Educação, que comandei por quase sete anos, tinha uma controladoria muito forte, então não tivemos casos de corrupção em uma pasta que tinha R$ 100 bi de orçamento. Este mesmo tipo de controle será feito nas estatais, e esta é uma das formas de evitar os erros cometidos no passado", explicou, ao ser perguntado sobre corrupção.

Haddad disse ainda que a falta de controle interno fez com que diretores da Petrobras ficassem 'soltos' para promover corrupção e enriquecer pessoalmente. Ele reafirmou que se, em algum momento, algum membro do PT for acusado com provas sólidas e condenado, ele deve ser preso.

"Se algum dirigente cometeu erro, garantido o amplo direito de defesa, e ficar comprovado que enriqueceu ilicitamente, tem de ir pra cadeia", completou.

O petista evitou citar nomes, mas lembrou que alguém só pode ser considerado culpado até que a decisão tenha tramitado em julgado, sem direito a novos recursos.

Equipe

O petista preferiu não falar de nomes da equipe ministerial que irá formar caso seja eleito. Questionado sobre pessoas que possam vir a compor gabinete dele, ele optou por fazer críticas a Paulo Guedes. O economista foi indicado por Jair Bolsonaro (PSL) para ser ministro da Fazenda, caso vença o pleito.

"Eu já falei o perfil que eu quero para a Fazenda e não é o perfil do Paulo Guedes. Banqueiros não estão preocupados com geração de emprego", afirmou, antes de encontro com coletivos culturais na Cohab Raposo Tavares, na zona oeste da capital paulista.

Nesta semana, em diversas entrevistas, Haddad afirmou que o ministro da Fazenda que ele deseja é alguém "comprometido com o setor produtivo".

À rádio CBN, na quinta-feira, o nome do empresário Josué Gomes da Silva foi levantado como opção pelo próprio candidato. De acordo com o petista, o filho do ex-vice-presidente José Alencar tem "condições e perfil" desejados por ele.