Para Boechat morte de capoeirista não resulta do ódio:”Bobagem”

O jornalista Ricardo Boechat, da rede Bandeirantes, disse que não vê agressividade na campanha eleitoral. “Aí tem um capoeirista morto numa briga mas nós somos 208 milhões de pessoas”, argumentou nesta terça-feira (9) na rádio. Para ele a morte do capoeirista mestre Moa do Katendê, assassinado no domingo (7) com 12 facadas, não é um fenômeno da campanha. O assassino é eleitor do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL). 

Ricardo Boechat

Paulo Sérgio Ferreira de Santana é o homem que atacou mestre Moa. Segundo Reginaldo Rosário, irmão de mestre Moa que estava no local, Paulo Sérgio entrou na conversa deles, estava alterado e afirmou que a solução seria o porte de arma. Ao que Moa disse ao agressor que abrisse os olhos e que o povo corria o risco de perder conquistas. 

Ainda de acordo com o irmão do capoeirista, Paulo Sérgio saiu e retornou com uma peixeira com a qual matou o mestre de 63 anos e feriu um primo do capoeirista que não corre risco de morte.

Para Boechat, o ocorrido não configura um fenômeno desta campanha. E completou: “É uma bobagem” comparando aos 65 mil homicídios por ano registrados no Brasil.

Ao caso de mestre Moa se somam outros episódios como a tentativa de atropelamento de um jornalista que vestia a camisa com imagem de Lula, em Curitiba, ocorrido também no domingo; Nesta segunda-feira (8), Anielle Franco, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco, foi insultada na rua por um grupo que dizia “Bolsonaro” e “piranha”.