Jandira: 'Bolsonaro não liga para agressões que surgem derivadas de seu ódio'

A deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) usou sua conta no Twitter para alertar sobre as pautas extremistas do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL)

jandira - Foto: Reprodução

"Esse é o Brasil que o candidato do fascismo QUER? Ele não liga para as mortes e agressões que surgem derivadas de seu ódio! Nenhum pio! Toda solidariedade a irmã de Marielle e sua família!!!", disse a congressista no Twitter, lembrando que a irmã de Marielle Franco, a vereadora assassinada no Rio de Janeiro, relatou em sua página no Facebook ter recebido gritos no rosto enquanto andava na rua com sua filha de dois anos no colo, sem roupa de político, partido ou bandeira.

Jandira também ressaltou a possibilidade de retrocessos dos direitos trabalhistas com um eventual governo Bolsonaro. "Podemos evitar esse desastre desta vez, antes que seja tarde para o povo mais pobre", acrescentou.

A parlamentar também criticou a proposta de Bolsonaro de liberar o porte de armas para a população. "O Brasil precisa de um futuro de desenvolvimento! E isso não se faz com armas e mais violência!", disse.

Os recente casos de agressão de simpatizantes de Bolsonaro já resultaram em morte. O último aconteceu em teresina, onde um jovem foi agredido. O pai do arquiteto postou as imagens em seu Facebook no sábado (6). De acordo com o depoimento de Paulo Bezerra, eles agrediram o rapaz enquanto gritavam palavras de ordem. No vídeo é possível ouvir alguns falando “é comunista”, como justificativa para as agressões. Os homens que espancam o jovem vestem camisas com o rosto e nome do ex-capitão.

Segundo o pai, foi dito que o filho dele teria roubado um celular, mas que isso é mentira. “Mesmo sendo pobre e negro, sempre teve dignidade e nunca deixamos faltar nada”, afirmou Bezerra, em seu depoimento. O relato foi publicado na Revista Forum.

Em Salvador, o mestre de capoeira Moa do Katende foi morto com 12 facadas nas costas na madrugada desta segunda-feira (8), em um bar em Salvador, após dizer que tinha votado em Fernando Haddad para a presidente (leia aqui).

Em Recife (PE), uma jornalista do Jornal do Commercio foi agredida e ameaçada de estupro por dois homens na tarde deste domingo (7). De acordo com a jornalista, dois homens ameaçaram-na de estupro no momento em que saía do local de votação, no bairro de Campo Grande, na zona norte do Recife. Ela informou à Polícia que um deles vestia camisa de Bolsonaro.