XP/Ipespe: Haddad continua a crescer e derrota Bolsonaro no 2º turno

Novo levantamento de intenção de voto para as eleições presidenciais mostra que o candidato de Lula, Fernando Haddad (PT-PCdoB-Pros) mantém a sua tendência de crescimento e consolida a sua posição para ir para o segundo turno. É o que aponta a pesquisa XP/Ipespe, realizada entre os dias 24 e 26 de setembro.

Pesquisa XP/Ipespe - Reprodução

De acordo com o levantamento, Bolsonaro se mantém estagnado com 28%, enquanto Haddad está cada vez mais próximo de conservador. O petista agora tem 21%, sendo 5 pontos a mais do que na última pesquisa. Em apenas duas semanas de campanha, Haddad mais que dobrou seu índice de intenção de voto.

Quando a análise é feita por região, Bolsonaro tem o apoio de 32% dos eleitores no Sul e 31% no Sudeste, além de 33% na classe C.

Seu calcanhar de Aquiles aina é o voto feminino. Há uma expressiva diferença de 15 pontos percentuais entre o apoio do eleitorado masculino (36%) e feminino (21%). De acorcom a análise, o voto feminino pode prejudicá-lo s em eventual disputa de segundo turno.

Já Haddad conta com apoio de 31% dos nordestinos, de 26% do eleitorado com nível de escolaridade até o Ensino Médio completo e de 23% daqueles com renda familiar mensal de até 2 salários mínimos.

Demais candidatos

Enquanto encosta em Bolsonaro, Haddad aumenta a distância dos demais candidatos. Ciro Gomes (PDT) manteve os 11% de intenções de voto registrado na pesquisa anterior. O pedetista está tecnicamente empatado com o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB), que oscilou de 7% para 8%, mantendo a patinação do tucano.

Marina Silva (Rede) tem 5% das intenções de voto, também em empate técnico com o tucano e recuando 8 pontos em um mês.

Também pontuam na pesquisa o empresário João Amoêdo (Novo), com 3% das intenções de voto, o senador Álvaro Dias (Podemos), com 2%, mesmo patamar do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB), e o deputado Cabo Daciolo (Patriota), com 1%.

Os votos brancos, nulos e indecisos, somam 17% do eleitorado no cenário estimulado e 39% no espontâneo – quando os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados. Uma semana atrás, os respectivos percentuais estavam em 23% e 39%.

Interesse do eleitor

O levantamento XP/Ipespe também mostrou que, a pouco mais de uma semana do primeiro turno, o nível de interesse pela eleição presidencial subiu de 60% para 64%. Agora, 39% dos eleitores se dizem muito interessados, enquanto 25% afirmam estar mais ou menos interessados no processo. Três semanas atrás, a soma desses grupos representava 52% do eleitorado.

A faixa de eleitores que se diz desinteressada com o processo está em 20%, o que pode indicar uma ativação tardia e decisão de voto de parcela relevante durante o sprint final.

Segundo turno

No segundo turno, Haddad vence Jair Bolsonaro por 43% a 39% na simulação feita pela pesquisa. O petista empataria tecnicamente com Alckmin, com o tucano numericamente à frente com 38% das intenções de voto contra 35%.

No caso de enfrentamento entre Alckmin e Bolsonaro, o cenário também é de empate técnico.

Rejeição aos candidatos

A pesquisa também perguntou aos entrevistados em quais candidatos não votariam em hipótese alguma. Marina Silva lidera o ranking da rejeição com taxa de 68%, em uma oscilação ascendente de 1 ponto percentual em comparação com a semana anterior e um crescimento de 8 pontos em um intervalo de um mês. Foi a maior elevação em repúdio registrada entre os principais presidenciáveis.

Geraldo Alckmin aparece em segundo com 61%, seguido de perto por Bolsonaro, que agora aparece com taxa rejeição de 60%, crescimento de 3 pontos em comparação com os percentuais dos últimos dois levantamentos.

De acordo com o levantamento, antes do ataque a facada sofrido em Juiz de Fora (MG) há 22 dias, o deputado havia alcançado seu maior nível de repúdio entre o eleitorado: 62%.