Haddad insiste na unidade com Ciro: 'Estaremos juntos no segundo turno'

Em entrevista coletiva durante ato na cidade de Caxias do Sul, na serra gaúcha, nesta quinta-feira (27), o candidato à presidência da República, Fernando Haddad (PT), comentou a decisão do Supremo Tribunal Federal que impede de votar os mais de 3 milhões de eleitores que não cadastraram a biometria.

Haddad em Caxias do Sul - Ricardo Stuckert

“Às vezes é uma pessoa que mora no campo, tem deficiência, é analfabeto, idoso ou trabalhador rural e não recebeu a informação no tempo certo. Tem várias situações no Brasil, e quando cassa o direito dessa pessoa votar, pode gerar uma frustração nessa pessoa”, lamentou Haddad.

Questionado sobre declaração de Ciro Gomes durante o debate no SBT, na quarta-feira (26), de que não gostaria de contar com o PT em seu governo caso vencesse a disputa pelo Planalto, Haddad insistiu na defesa da unidade do campo progresista. Disse que o comentário de Ciro "não faz sentido" porque os dois são "muito próximos" e ambos os partidos, PT e PDT, são aliados na gestão do governo do Ceará, terra natal de Ciro.

"Nós estaremos juntos no segundo turno, eu tenho certeza. Posso te assegurar que a nossa vontade é estar junto", enfatizou Haddad.

Ciro Gomes, por sua vez, disse nesta quinta (27) em entrevista a uma rádio de Pernambuco, que se conseguir passar para o segundo turno, preferia enfrentar Haddad na disputa final da eleição presidencial e elogiou o petista.

"Claro que eu deveria dizer 'venha quem vier', mas o Brasil precisa se proteger do poço sem fundo do Bolsonaro. Uma disputa entre eu e o Haddad seria uma disputa entre dois democratas, entre duas pessoas respeitáveis, entre duas pessoas que respeitam a democracia. […] Independentemente de ser mais fácil para mim derrotar o Bolsonaro, eu preferia, para proteger o Brasil, que fosse eu com Haddad", opinou declarou.