Haddad: "7 de outubro será o dia do acerto de contas democrático"

Cumprindo agenda em São Paulo, o candidato à Presidência da República, Fernando Haddad (PT) fez campanha na manhã desta quarta-feira (19) em São Mateus, zona leste de São Paulo. Ao lado da sua vice na chapa, Manuela d'Ávila (PCdoB), e de candidatos ao Senado e do governo do estado, o presidenciável fez um discurso para centenas de pessoas em cima de um carro de som, destacando as realizações dos governos progressistas.

Por Dayane Santos

Fernando Haddad em São Mateus - Ricardo Stuckert

"Vamos fazer uma conta rápida. O povo a Zona Leste sabe: quem trouxe benefícios sociais para a região foram os governos do PT. O CEU é realização o PT. Bilhete único é do PT. Passe-Livre é do PT. A faixa de ônibus é do PT. São coisas que são marcas da nossa gestão porque a gente olha para a periferia", afirmou o candidato.

"O que a gente quer é retomar o Brasil e devolver para os brasileiros", reforçou Haddad. "Nós que trabalhamos tanto para abrir vaga em creche, para moradia, para luz de LED, tanta coisa boa que o PT fez aqui na Zona Leste… as faixas de ônibus, favorecendo o trabalhador que usa o transporte coletivo, o transporte noturno, o passe livre", resgatou.

A presidenciável criticou a política aplicado pela gestão do sucessor, João Doria (PSDB), que atualmente é candidato ao governo do Estado. Ele citou os cortes nos programas sociais, como foi feito na distribuição de leite por parte da prefeitura.

"O leite tiraram de vocês… O Doria tomou o leite de vocês. Ele queria dar uma ração para vocês. Ele falou que pobre não tem hábito alimentar. Tirou leite e queria dar uma ração", ironizou o candidato, citando ainda o fechamento de AMAs (Assistências Médicas Ambulatoriais).

Haddad também destacou que o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff também representou um retrocesso para o país, atingindo principalmente os mais pobres.

"Eu e a Estela [sua esposa] somos professores. A gente sabe como está cara a vida com o governo Temer. Sabemos o que foi o tempo do Lula. Doze anos de prosperidade sem desemprego", afirmou Haddad. "Nós queremos retomar o nosso projeto para que o Brasil volte a ser feliz de novo. É muita tristeza e muita intolerância na rua", completou.

Segundo ele, as urnas vão dar uma resposta a esse desastre feito contra o país. "Dia 7 está chegando e haverá um acerto de contas democrático para ser feito. Eles deram um golpe e tiveram três anos para mostrar a que vieram. Vieram a nada, só cortaram o direito do trabalhador, das mulheres, dos negros. É hora de a gente retomar o nosso projeto", defendeu.

Após uma caminhada com apoiadores, Haddad seguiu para Guarulhos, onde tem mais compromissos de campanha nesta tarde.

Pesquisa

O presidenciável também comentou o resultado da pesquisa Ibope divulgada nesta terça (18), que mostra o petista isolado em segundo lugar, com 19% das intenções de voto.

"Foi o maior crescimento da história do Ibope em uma semana", destacou Haddad, que criticou as manipulações da mídia para favorecer os candidatos da direita conservadora.

"Eles dizem assim quando o candidato deles subiu dois pontos [na pesquisa]: 'o candidato fulano de tal cresceu dois pontos'. Quando a gente cresce 12, eles dizem: 'o Haddad oscilou 12 pontos", apontou.

Ele enfatizou que a pesquisa, apesar de positiva, é um retrato e pediu apoio da militância para manter firma a campanha, ocupando as ruas, os bairros e o país. "É trabalho militante que vai fazer a gente consolidar a nossa posição. Não precisamos ofender ninguém porque o Brasil já está canado de ofensa. Três anos de xingação pra lá e pra cá. Não queremos isso. Queremos paz e um Brasil de progresso e de oportunidade", finalizou.