Adilson Araújo: Voto do trabalhador é decisivo contra retrocesso

“A orientação da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil é que nestas eleições os trabalhadores somem forças com as candidaturas do campo democrático popular e mais ainda com candidaturas que assumiram compromisso com a defesa da Agenda prioritária da classe trabalhadora”, declarou Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB). 

Por Railídia Carvalho

Adilson Araújo em ato contra reforma da previdencia em SP em frente ao INSS 5 de dezembro de 2017 - Reprodução do Portal CTB

O dirigente foi o primeiro entrevistado da série de vídeos “Voto Consciente e Classista”, iniciada no dia 6 de setembro pela Agência Sindical. O documento citado por Adilson no programa foi elaborado por todas as centrais sindicais brasileiras com 22 pontos que indicam caminhos para a retomada do crescimento em que ganhe centralidade a valorização do trabalho e do trabalhador.  

A conversa entre o sindicalista e o jornalista João Franzin aconteceu antes do dia 11 de setembro, quando foi confirmada a candidatura à Presidência da chapa Fernando Haddad (candidato à Presidência) e Manuela d’Ávila (candidata a vice), representantes da coligação “O Povo Feliz de Novo”. Na pré-campanha, tanto Manuela quanto Haddad (na condição de vice do ex-presidente Lula) se comprometeram com a agenda da classe trabalhadora.

Vida piorou após o golpe
 
O presidente da CTB afirmou a necessidade de intensificar o diálogo sobre as eleições e que ele se dê no local de trabalho e em espaços públicos. “O que está ao nosso alcance é o chão de fábrica, o local de trabalho, terminais de ônibus e metrô. São locais para a gente fazer política. E é essa política que vai permitir que a gente esclareça a sociedade para o quanto foi danoso assistir o que aconteceu após o impeachment da Dilma. Em dois anos muita coisa aconteceu e a vida piorou”, enfatizou.

Segundo Adilson, a eleição de outubro é uma chance de o povo brasileiro resgatar as conquistas iniciadas com o ciclo mudancista de 2003 inaugurado pelo ex-presidente Lula. “Queremos solução e temos potencial para isso. O Brasil pode resgatar o trabalho iniciado por Lula e que planificou um Programa de Aceleração do Crescimento que permitiu que a indústria da construção civil tivesse participação de 14% no Produto Interno Bruto (PIB). Esse ciclo permitiu a retomada da indústria naval que construiu submarinos”, exemplificou o presidente da CTB.

Fortalecer quem tem compromisso com direitos do povo

Ainda de acordo com ele, a disputa política no país após o golpe que levou Michel Temer à presidência penalizou o trabalhador brasileiro e colocou o movimento sindical diante de enormes desafios, entre eles interferir na representação política no Congresso Nacional. “Ficamos devendo uma reforma da comunicação. O sistema político caducou e se deteriorou mais ainda com a criminalização da política.” Segundo Adilson, a agenda ultraliberal favoreceu ainda mais o fortalecimento dos grupos economicamente dominantes.

Confira a íntegra da entrevista do dirigente da CTB: