Eleger Haddad e Manuela para recuperar direitos do povo e soberania

A confirmação da candidatura de Fernando Haddad e Manuela d’Ávila à Presidência da República pela coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT, PCdoB e Pros) nesta terça-feira (11) foi saudada por representantes de movimentos sociais. Dirigentes afirmaram ao Portal Vermelho que a chapa Haddad e Manuela representa os interesses do povo contra o golpe do governo de Michel Temer. Foram feitas críticas à perseguição judicial que impediu a candidatura do ex-presidente Lula.

Por Railídia Carvalho

Haddad e Manuela em encontro com trabalhadores no ABC paulista - Ricardo Stuckert

Marcelino da Rocha, presidente da Federação Interestadual dos Metalúrgicos e Metalúrgicas do Brasil (Fitmetal), declarou que o programa defendido pela coligação “O Povo Feliz de Novo” é o mesmo defendido por Lula.

“Então Haddad e Manu podem ser os principais agregadores do campo popular em uma futura disputa com os representantes dos setores mais reacionários do país e que deram o golpe. A chapa representa o projeto popular iniciado pelo ex-presidente Lula.”

Na opinião de Adilson Araújo, presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a dobradinha Haddad e Manu representa uma perspectiva de transição de um projeto neoliberal e de retirada de direitos para um projeto de retomada do crescimento econômico com valorização do trabalho.

“A chapa Haddad e Manuela é um aditivo para a defesa do ciclo mudancista inaugurado em 2003 pelo ex-presidente Lula. Um programa que dá base para se contrapor à agenda regressiva que está em curso após o golpe.”

O sindicalista criticou o cerco imposto ao ex-presidente. “A luta para que Lula tivesse o direito de ser candidato foi abnegada e incansável. Foram contrariadas duas decisões das Nações Unidas. O golpe, a ruptura, impôs esse cenário. Mas a luta segue com Haddad e Manu defendendo o legado de Lula.”

Alexandre Conceição, coordenador do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) definiu a exclusão de Lula de concorrer às eleições como uma violência brutal. “O Poder Judiciário e a mídia golpista colocaram fora das eleições um homem que teve um registro histórico em Brasília com a presença de 50 mil trabalhadores do campo e da cidade. Lula está preso injustamente e essas forças impediram que ele concorresse às eleições.”

Segundo Alexandre, a credencial da candidatura de Haddad e Manuela d’Ávila é se apresentar como o projeto político que vai barrar o golpe. “Com a possibilidade de Lula não poder concorrer a chapa Haddad e Manuela veio sendo construída pelo conjunto do movimento social. O objetivo é ganhar as eleições e revogar as medidas golpistas.”

Vanja Santos, presidente da União Brasileira de Mulheres (UBM) ressaltou o protagonismo do movimento social nos governos populares do presidente Lula. “O ex-presidente ampliou os direitos do cidadão brasileiro. O movimento social teve sua participação fortalecida dentro do institucional do governo. Lula apontou este caminho com Haddad e Manuela que é desafiador. Não vai ser fácil mas é o melhor caminho agora dentro da luta dos movimentos.”

Para a dirigente da UBM, a chapa Haddad e Manuela “vai representar um retorno aos nossos direitos”. “Simboliza um compromisso maior com o futuro, principalmente com o futuro das mulheres que são as que mais sofreram com a ruptura.”

Valéria Morato, presidente do Sindicato dos Professores de Minas Gerais (Sinpro-MG) afirmou que a partir de agora “Haddad e Manu são Lula”. “[A chapa] É a esperança de que o povo pode contar com um projeto popular progressista e que vai levar em conta a necessidade de valorização do trabalhador e da trabalhadora com desenvolvimento e soberania do país. Estou muito esperançosa”, disse a dirigente.