PCdoB quer mobilização e amplitude para eleger Haddad e Manuela 

Em nota, o PCdoB comenta, nesta terça (11), a decisão da coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT, PCdoB, Pros) de lançar as candidaturas de Fernando Haddad a presidente e Manuela d’Ávila a vice, frente à impugnação da postulação de Lula. Para o partido, a chapa está “credenciada para disputar, travar o duro combate, vencer e governar o país”. Prevendo uma campanha tensa, os comunistas defendem ampliar as alianças e convocam à mobilização e ao debate de ideias, repelindo violência e intolerância.

Manuela e Haddad - Foto: Clécio de Almeida/Portal Vermelho

O texto, assinado pela Comissão Política Nacional do PCdoB, ressalta o perfil e a trajetória de Haddad e Manuela. “São honestos, inimigos ferrenhos da corrupção e com a vida devotada à construção de um Brasil forte, soberano, democrático, com o desenvolvimento sustentável direcionado a melhorar crescentemente a vida do povo”, diz o documento.

Segundo o PCdoB, Haddad está capacitado para liderar uma “ampla união” para “retirar o país da crise, restaurar a democracia e encaminhá-lo, de imediato, a um novo ciclo de crescimento econômico, de produção de riqueza, geração de empregos e distribuição de renda”.

O partido defende que a campanha deve ir ao encontro do povo, “esclarecê-lo ante o bombardeio de mentiras da grande mídia e do exército de robôs nas redes sociais. É preciso arregimentar e mobilizar o povo em reuniões, plenárias, atos, comícios, carreatas, passeatas, bandeiraços e outras iniciativas novas e criativas. Travar a batalha de ideias, de projetos para o país, para então ocupar organizadamente o espaço nas redes. Repelir a violência e a intolerância. Tomar medidas legais que protejam nossa campanha de ações de provocadores”, afirma.

Os comunistas também defendem a amplitude da candidatura. “Implica buscar mais e mais apoios já no primeiro turno, e construir desde já, com uma política sagaz, novas alianças para o segundo turno”. Confira a íntegra:

Lula agora é: Fernando Haddad presidente, Manuela vice

Aos olhos indignados do povo, sob o protesto de eminentes juristas e advogados, à revelia de reiterada decisão da Organização das Nações Unidas (ONU), pisoteando-se a Constituição Federal, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve sua candidatura, definitivamente, impugnada. É um ato de violência política e jurídica; uma espécie de “cassação”, uma vez que Lula não cometeu crime algum.

É uma agressão à democracia, pois arbitrariamente arranca da disputa o favorito, o líder, que venceria as eleições presidenciais de 7 de outubro conforme atestam todas as pesquisas.

Todavia, enganam-se os que julgam que a cassação da candidatura de Lula seja o ponto final de seu protagonismo no processo eleitoral.

Cada vez mais consciente de que Lula é perseguido e injustiçado porque venceria as eleições, o povo agredido, impedido de votar no candidato de sua escolha, certamente irá considerar e acolher a mensagem do maior líder popular brasileiro desde a redemocratização pois tem clareza sobre o quanto sua vida era melhor e a economia do país mais próspera nos governos Lula, comparado ao desastre do governo Temer.

Do cárcere infame e injusto ao qual foi confinado, Luiz Inácio Lula da Silva em carta histórica ao povo brasileiro indicou Fernando Haddad para substituí-lo como candidato a presidente da República e Manuela d’Ávila como candidata a vice. Sua carta conclama o povo a ir à luta guiado pela esperança e pela certeza de que o Brasil poderá ser feliz de novo.

Fernando Haddad e Manuela: chapa credenciada para disputar, vencer e governar

A correta e importante decisão de constituir a chapa Fernando Haddad presidente, Manuela d’Ávila vice – tomada de comum acordo pelas legendas da coligação “O Povo Feliz de Novo” (PT, PCdoB, Pros) e pelo grande líder dessa aliança, Luiz Inácio Lula da Silva – é um marco nesta instável e tensa contenda. É uma chapa que está credenciada para disputar, travar o duro combate, vencer e governar o país.

Fernando Haddad é uma liderança pronta, madura para ser o próximo presidente do Brasil. Professor universitário, advogado e economista, foi ministro da Educação nos dois governos de Lula, quando promoveu grandes avanços neste setor-chave ao desenvolvimento nacional. Entre 2013 e 2016 foi prefeito de São Paulo, maior cidade da América do Sul, exercendo uma gestão moderna, premiada e com méritos reconhecidos.

O país está em crise, dividido, ameaçado pelo autoritarismo e pela cultura da violência, por candidaturas embandeiradas com programas de cunho neoliberal e neocolonial, como as de Bolsonaro e de Alckmin. Neste cenário, Fernando Haddad, por sua trajetória política e densa formação democrática, tem firmeza e autoridade para liderar uma ampla união de brasileiros e brasileiras, dos partidos, dos movimentos, do empresariado, dos trabalhadores(as), da cultura, da intelectualidade, das religiões. União direcionada para retirar o país da crise, restaurar a democracia e encaminhá-lo, de imediato, a um novo ciclo de crescimento econômico, de produção de riqueza, geração de empregos e distribuição de renda.

Manuela d’Ávila fez brilhante pré-campanha como candidata do PCdoB à Presidência da República. Suas ideias, seu programa, biografia, forma e conteúdo de fazer política responderam ao grande anseio de real renovação que há na sociedade. Manuela desfraldou a bandeira de um novo projeto nacional de desenvolvimento e empolgou amplos setores do povo, notadamente as mulheres e a juventude. Deputada federal por dois mandatos, atual deputada estadual, campeã de votos em seu estado, Rio Grande do Sul, é uma liderança preparada para estar ao lado de Fernando Haddad como sua candidata a vice nesta jornada.

A chapa Fernando Haddad presidente, Manuela d’Ávila vice, indicada, avalizada por Luiz Inácio Lula da Silva para substituí-lo, representa a capacidade das forças da Nação e da classe trabalhadora de formar novas gerações de militantes da boa e autêntica política. Fernando e Manuela são os expoentes, grandes líderes da nova geração de políticos que o Brasil precisa nesta hora: são honestos, inimigos ferrenhos da corrupção e com a vida devotada à construção de um Brasil forte, soberano, democrático, com o desenvolvimento sustentável direcionado a melhorar crescentemente a vida do povo.

A presença de Manuela d’Ávila como vice eleva o papel e a responsabilidade do Partido Comunista do Brasil. Nosso coletivo militante, seu elenco de candidaturas, nossos(as) apoiadores(as), eleitores(as), todos(as) somos chamados(as) a reforçar o engajamento nesta campanha histórica de nosso povo.

Conquistar a vitória com amplitude, apoio e a mobilização do povo

A campanha eleitoral seguirá tensa, acirrada e sujeita a sobressaltos, uma vez que as forças reacionárias, setores do Ministério Público e do Judiciário, o rentismo, grandes grupos econômicos e financeiros, o imperialismo e a mídia monopolista já demonstraram estarem dispostos a tudo para eleger uma candidatura compromissada a continuar a implantar no país a ordem ultraliberal e neocolonial iniciada pelo governo ilegítimo de Michel Temer.

A campanha de Fernando Haddad presidente, Manuela vice deve ir ao encontro do povo, esclarecê-lo ante o bombardeio de mentiras da grande mídia e do exército de robôs nas redes sociais. É preciso arregimentar e mobilizar o povo em reuniões, plenárias, atos, comícios, carreatas, passeatas, bandeiraços e outras iniciativas novas e criativas. Travar a batalha de ideias, de projetos para o país, para então ocupar organizadamente o espaço nas redes. Repelir a violência e a intolerância. Tomar medidas legais que protejam nossa campanha de ações de provocadores.

Outra diretriz determinante à vitória das forças progressistas é a amplitude. Implica buscar mais e mais apoios já no primeiro turno, e construir desde já, com uma política sagaz, novas alianças para o segundo turno.

Com alegria no rosto e a coragem que caracteriza nosso povo, vamos conduzir nossa campanha, liderada por Luiz Inácio Lula da Silva, encabeçada pela chapa Fernando Haddad presidente, Manuela vice – campanha portadora de uma boa nova: Vamos conquistar a quinta vitória do povo, vamos retirar o país da crise, vamos encaminhar o Brasil a um novo ciclo de paz, de democracia, de desenvolvimento soberano e de grandes conquistas para todos e todas brasileiros e brasileiras.

São Paulo, 11 de setembro de 2018

A Comissão Política Nacional do Partido Comunista do Brasil (PCdoB)