Israel prossegue a colonização de Jerusalém Oriental

Fogo em Jerusalém Oriental e demolição de casas palestinas em Belém dão continuidade ao expansionismo sionista. Avigdor Lieberman, Ministro da Defesa de Israel, quer recrutar 3,5 milhões de imigrantes judeus na diáspora

palestina

De acordo com a imprensa israelense, a que a agência Ma'an e a PressTV fazem referência, Israel estaria planejando construir 75 novas unidades habitacionais para colonos judeus no bairro de Beit Hanina, em Jerusalém Oriental ocupada, ignorando todas as críticas internacionais que têm denunciado a política expansionista de expropriação e colonização feita pelo governo israelense.

Prevê-se que a Comissão de Planeamento e Construção do Município de Jerusalém se reúna nesta quarta-feira (5) para discutir o plano de construção, que, pela primeira vez, abrange o bairro de Beit Hanina, perto do colonato ilegal de Ramat Shlomo.

Por outro lado, um responsável da Autoridade Palestiniana revelou na terça-feira (4) à rádio Voz da Palestina que 189 casas palestinas estão em risco de serem demolidas pelos israelenses na aldeia de al-Walaja, a oeste da cidade de Belém, na Margem Ocidental ocupada.

Walid Assaf disse ainda que as demolições recentes ali ocorridas se enquadram no plano ilegal israelita que visa alargar a fronteira sul de Jerusalém, de modo a expandir o colonato ilegal de Gush Etzion, refere a agência Ma'an.

Na segunda-feira (3) à noite, foram distribuídas tendas e material de apoio urgente às famílias palestinianas cujas casas foram demolidas pelas forças israelitas, poucas horas depois de terem sido notificadas ou sem terem recebido notificação alguma.

Cerca de 600 mil israelenses vivem em mais de 230 colonatos construídos desde a ocupação israelita, em 1967, dos territórios palestinianos da Margem Ocidental e em Jerusalém Oriental.

Recrutar 3,5 milhões de judeus à diáspora na próxima década

Em declarações ao periódico nova-iorquino The Jewish Press, o ministro israelense da Defesa, Avigdor Lieberman (de extrema-direita), disse que Israel pretende trazer  "3,5 milhões de novos imigrantes para o Estado Judeu na próxima década".

Para promover tal movimento massivo de emigração, o Estado israelita deverá ter de investir cerca de 365 milhões de dólares anualmente ao longo dos próximos dez anos, estimou.

Para o representante da direita israelita, a chegada de 3,5 milhões de colonos judeus conduzirá Israel "a outro nível", dando "um enorme impulso à economia e à ciência, e claro, reforçando-nos como potência regional e porventura mais ainda", disse.