O museu em chamas – uma tragédia nacional

O Clube de Engenharia tem uma longa e ativa trajetória em defesa da Democracia, da Soberania e da Engenharia brasileiras. Nessa perspectiva e como organização da sociedade civil sem qualquer vinculação ou conotação partidária, mas atento e vigilante vem acompanhando fatos e eventos políticos atuais que podem afetar, perversamente, a construção da grande Nação Brasileira, protagonista do Século 21.

Por Clube da Engenharia*

Incêndio Museu Nacional - Ricardo Moraes/Reuters

A tragédia havida que afetou intensamente as atividades e a própria existência do Museu Nacional, na Quinta da Boa Vista, tem muito a ver com esta entidade. A história de nosso país e da população que o habita em seus aspectos políticos, culturais e científicos, consubstanciada no precioso acervo que lá existia, constitui o fundamento dos três eixos que sustentam a nossa trajetória de lutas.

Em quaisquer circunstâncias, os reveses eventuais que afetam, simbólica e fisicamente, as instituições e a sociedade, não constituem eventos definitivos. A resistência, o empenho, a dedicação, a criatividade e o estudo – atributos naturais do ser humano e de suas organizações – certamente permitirão recuperar as perdas que acabamos de sofrer. É indispensável, no entanto, corrigir erros cometidos, prover os recursos financeiros necessários e administrar com proficiência. O governo e as instituições públicas precisam, cada qual, desempenhar o seu papel com tais atributos.

O Clube de Engenharia, com as atitudes acima referidas coloca-se à disposição para contribuir como seja possível e requerido. Conclama os profissionais de engenharia e arquitetura, seus associados ou não, a participarem dessa cruzada, ao tempo em que prossigam na luta em defesa da democracia e por um desenvolvimento econômico soberano, sustentável e socialmente inclusivo.