Lula cresce e é líder isolado, com 39% das intenções de voto

A direita pira. Há mais de três anos a grande mídia, em consórcio com setores do Poder Judiciário, busca destruir a trajetória e a imagem do maior líder popular da história do país. Preso e incomunicável há mais de 100 dias, Luiz Inácio Lula da Silva não só lidera, mas cresce em todas as pesquisas de intenções de voto.

DataFolha Lula - Reprodução

De acordo com o Datafolha, o ex-presidente Lula, candidato à Presidência pelo PT-PCdoB-Pros, tem 39% das intenções de voto na primeira pesquisa realizada após os registros das 13 candidaturas ao Palácio do Planalto.

O segundo colocado, Jair Bolsonaro (PSL), se mantém na mesma faixa anterior com 19%, ou seja, vinte pontos atrás de Lula.

Na pesquisa espontânea, o ultradireitista tem 15% das citações dos eleitores, contra 12% do levantamento anterior feito em junho. Lula, por sua vez, dobrou seu índice, subindo de 10% para 20%. Os demais candidatos patinam entre 1% e 2%.

A terceira posição esta embolada entre Marina Silva (Rede, com 8%), Geraldo Alckmin (PSDB, 6%) e Ciro Gomes (PDT, 5%).

No segundo turno, Lula segue à frente de todos os seus adversários.

Manipulação

Sem conseguir explicação para o fato, a matéria publicada pela Folha diz que Lula está “virtualmente inelegível” e tenta empurrar a tese de que Bolsonaro é o “cenário mais provável”, que sem Lula na disputa se manteria na faixa que está desde que oficializou a sua candidatura, com 22%.

Com Lula no páreo, brancos e nulos somam 11%, com 3% de indecisos. Sem ele, os índices sobem respectivamente para 22% e 6%.

Além disso, a Folha intencionalmente ilustrou o gráfico com um suave azul claro, quase que imperceptível, para não impactar os eleitores com a acachapante força de Lula nas pesquisas.

Ainda segundo o Datafolha, sem Lula, Marina e Ciro dobram suas intenções de voto, ficando atrás de Bolsonaro com 16% e 10%, respectivamente. Alckmin também sobe para 9%, empatando na margem com Ciro.

Segundo o levantamento, o vice de Lula, Fernando Haddad, aparece com 4%. O senador Álvaro Dias (Podemos), também tem o mesmo índice.

A pesquisa perguntou aos entrevistados se votariam no candidato que Lula indicasse: 31% disseram que votariam, 18% afirmam que “talvez” e 48% não votariam num candidato indicado por Lula.

O levantamento, no entanto, aponta que Haddad não é conhecido por 27% dos eleitores, contra 59% que já ouviram falar. Em comparação, Lula é conhecido de 99% dos ouvidos, Marina por 93% e Alckmin por 88%. Assim, Haddad demonstra que ainda tem gordura para queimar.

Rejeitado

Bolsonaro é conhecido por 79% dos ouvidos, mas é o candidato mais rejeitado, com 39% de eleitores dizendo que nunca votariam nele.

Seu calcanhar de Aquiles é o eleitorado feminino, maioria do país. Entre mulheres, ele tem 13% de intenção de voto, contra 30% entre homens, no cenário sem Lula.

Outro rejeitado é o ilegítimo Michel Temer (MDB). Segundo a pesquisa, 87% nunca votariam em alguém apoiado por ele, contra 3% que o fariam. Seu candidato oficial, Henrique Meirelles (MDB), fica entre 1% (com Lula) e 2% (sem Lula).