Trabalhadores da agência argentina Télam continuam em luta

Em um conflito que já se estende por mais de um mês e meio, os trabalhadores da Télam seguem em luta pelos 357 colegas demitidos enquanto o serviço dessa agência estatal argentina continua interrompido

greve Telam argentina

Depois de uma nova decisão judicial que ordenou ontem a reincorporação de 12 filiados ao sindicato de trabalhadores da Imprensa, nesta terça-feira se espera que o titular do Sistema Federal de Meios e Conteúdos Públicos, Hernán Lombardi, compareça outra vez ao Congresso.

Dois meses após ter comparecido na Câmara de Deputados, exporá no Senado sobre a decisão que gerou a demissão de um importante número de funcionários desse meio de imprensa, que incluiu inclusive o fechamento de várias sucursais, segundo denunciaram vários dos empregados.

De acordo com o portal El Parlamentario, Lombardi deverá se apresentar nesta terça-feira, às 16:00 horas (local), no Senado, na Comissão de Sistemas, Meios de Comunicação e Liberdade de Expressão, presidida por Alfredo Luenzo.

Na audiência pública entre os Deputados, o titular do Sistema de Meios Públicos defendeu as demissões depois de sublinhar que teve um crescimento superdimensionado da equipe, que passou de 479 empregados em 2003 a 926 em janeiro de 2016.

Ontem, a juíza trabalhista Silvia Garzini admitiu uma cautelar e ordenou a reincorporação de 12 dos demitidos, somando 15 casos em uma medida que determina que lhes devolvam seus postos de trabalho 'em iguais condições de desempenho de tarefas'.

A luta pela reincorporação dos demitidos prossegue e vários parlamentares têm demonstrado sua solidariedade, como ocorreu no último dia 8 de agosto no debate sobre o aborto, onde as câmeras captaram vários cartazes onde se lia 'aqui falta Télam'.

Há mais de um mês, a sede da avenida Belgrano converteu-se em um quartel-general da imprensa, onde defensores de direitos humanos, artistas, entre outros, vão expressar sua solidariedade aos empregados da agência.