Para Manuela, reforma da Previdência somente após auditoria nas contas

Em entrevista ao programa Voz Ativa, da Rede Minas, a pré-candidata do PCdoB à Presidência da República, Manuela D’Ávila, afirmou que o desemprego será um dos principais temas a serem discutidos no processo eleitoral de outubro.

Manuela D Avila - Reprodução

De acordo com Manuela, o futuro presidente do país precisa “fazer o Brasil retomar o crescimento da economia, olhando para os milhares de brasileiros e brasileiras que se encontram ou desempregados ou subocupados”.

Ele voltou a defender a revogação da reforma trabalhista a partir de um referendo e frisou que uma das medidas necessárias para o país é a redução da jornada de trabalho como forma de gerar empregos e também estabelecer critérios de contrapartidas para a reforma da Previdência. Ela defende ainda que antes de estabelecer qualquer medida sobre a Previdência é preciso desmontar “a falácia sobre o tamanho do seu deficit” por meio de uma auditoria.

“Por isso defendo uma auditoria nas suas contas. Também precisamos falar que o tamanho do deficit tem relação direta com a informalidade de trabalho e com a reforma trabalhista”, disse.

Segundo Manuela, a crise que o país enfrenta hoje é também resultado da desvalorização do trabalho e entrega da Previdência pública. “A reforma trabalhista tem impacto na crise da Previdência. Porque quanto mais informalidade, mais pessoas deixam de contribuir. Com isso, aumenta a incapacidade da Previdência em reagir”, destacou.

Ela também reafirmou sua proposta de taxar grandes fortunas. “O Brasil cobra muito imposto da sua classe média trabalhadora, mas não tributa os ricos e os milionários. Quando falamos isso, às vezes a classe média se assusta e acha que estamos falando dela. Não, estamos falando dos ricos, milionários.”

Legalização

Manuela também se posicionou sobre temas que candidatos costumam se esquivar, como a legalização da maconha. Ela defendeu que o tema seja debatido como um problema de saúde pública, assim como a questão do aborto.

“Acredito que o Brasil precisa debater um formato de legalização da maconha. Droga é uma questão de saúde pública. E precisamos debater um formato único. Não somos Uruguai, não somos Portugal, nem EUA. É um debate que precisamos fazer para salvar nossos jovens”, disse.