25 de julho: Dia das Mulheres Negras Latinoamericanas e Caribenhas

O dia 25 de julho é uma data de resistência, pois é o Dia das Mulheres Negras Latinoamericanas e Caribenhas. Em nota, a Unegro destacou que essa data é "de reflexão e de luta sobre as condições de vida das mulheres negras triplamente atingidas pelo entrelaçamento do racismo e do machismo com a brutal exploração capitalista".

Unegro - Unegro

De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), dos 25 países com maior índice de violência contra a mulher negra, 15 estão localizados na América Latina e no Caribe. Diante das lutas e das condições de vida que as mulheres negras enfrentam, a Unegro destacou a importância desta data. 

Para a entidade, a situação global das mulheres negras tem piorado devido à duradoura crise do capitalismo que aprofunda as desigualdades sociais, econômicas e raciais.

"No Brasil com o Golpe de 2016 e o avançado Estado de Exceção, milhões de mulheres negras tem tido suas vidas e de suas famílias atravessadas pela violência, desemprego e desesperança", diz o texto.

Confira abaixo a nota da União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro) na íntegra:

O Dia das Mulheres Negras Latinoamericanas e Caribenhas é um marco de reflexão e de luta sobre as condições de vida das mulheres negras triplamente atingidas pelo entrelaçamento do racismo e do machismo com a brutal exploração capitalista. As marcas dos 388 anos de escravidão e do patriarcado atingem duramente a vida das mulheres negras na América Latina e Caribe resultando em baixos salários, altíssimo desemprego, chefias de famílias em situação de pobreza extrema, mortes em decorrência de abortos clandestinos e inseguros, altas taxas de feminicídio, baixo acesso a sistemas públicos de saúde, cultura do estupro, invisibilidade e sub-representação nos espaços de poder.

A situação global das mulheres negras tem passado por sensível piora devido à duradoura crise do capitalismo que tem representado o aprofundamento das desigualdades sociais, econômicas e raciais. No Brasil com o Golpe de 2016 e o avançado Estado de Exceção, milhões de mulheres negras tem tido suas vidas e de suas famílias atravessadas pela violência, desemprego e desesperança. A alteração deste estado de coisas depende em grande medida da organização popular e da realização e eleições livres e limpas para a retomada da democracia e um projeto de país com justiça social e equidade.

Assim,  a Unegro nos marcos dos seus 30 anos de luta contra o racismo, o machismo e por uma sociedade com justiça social, equidade e livre da exploração de classe, conclama sua militância à uma ativa participação na construção do Encontro Nacional de Mulheres Negras em dezembro próximo em Goiânia e também na continuidade da resistência para interrupção do golpe e suas medidas além de ampla participação no processo eleitoral resgatando o Brasil para a maioria de sua população e elegendo especialmente mulheres negras comprometidas e progressistas para os espaços de decisão e poder!

Salve as mulheres negras latinoamericanas  caribenhas !

#Unegro30Anos
#25DeJulho